Churrasco de preferencial carne mal passada, cerveja ,depois de 4 latinhas e fogueira, ou ficar próxima a churrasqueira pelo tempo que tomar as 4 latinhas...Hummm.
Essa junção de situações e alimentos gera uma Bomba H – (Bosta – Humana).
Se você se encontrar numa situação semelhante a essa, presta bem atenção no que você não deva fazer: Primeiro não corra.Faça onde você estiver.Peça o banheiro ou procure um mais próximo de você, de preferência 5 metros.
Segundo, certifique-se por haver bastante papel e uma toalha grande ou isqueiro, você não quererá que alguém sufoque com sua BH. Então, após o aviso segue este causo que aconteceu comigo.
Lá pelo dia 23 de Junho, num feriado de São João, tava eu, minha ex namorada e o sogrão. Num papo animado e conciliador, (isso é sacarmos viu... Ele de nada era conciliador). Mas, segue ai... Lá pelas 10 da noite, uma hora antes do previsto para que eu picasse a mula, por que o sogro só queria que eu ficasse até 11 horas. Hora estipulada e sacramentada para namoro nos finais de semana e feriado. Lá tava eu “animado”, doido pra dar uma lixada na moça, e nada do cidadão” querido” sair da cola. Passei então a me aproveitar dos petiscos e bebidas, generosamente ofertados pela família da ex-namorada.
Quando eu já tava no início da quinta lata de cerveja e do sétimo espetinho, que compreendia queijo, coração de galinha, lingüiça e demais carnes... Algo sucedeu dentro de mim.
Um barulho... Bloom, ronco.... Não tava com fome; Não tava doente? O que podia ser?
Veio outros barulhos estranhos, sucedidos de mais coisas estranhas. De repente deu uma imensa vontade de peidar...
Parênteses: (Quando você sabe ou sente algo errado a primeira pista que dá é que seu peido começa querer sair agarrado a outra coisa mais mole ou fluídica... Foi meu caso, eu fiz uma forçinha e senti o mole. Bateu a certeza! É dor de barriga).
Voltando: Eu cheguei meio que num abraço sem propósito na ex, e disse ao pé do ouvido com uma cara de quem iria falar algo sério, pro sogro não perceber.
- Amor, vou embora.
- Já? Nem são 11 horas
- Tô, precisando ir
- Pq?
- Acho que não to bem, preciso ir ao banheiro urgente.
- Amor, vá lá, pode ir ninguém ta usando não, vou ver...
- Peraiiii, não é o primeiro não é o segundo.
Ela me olhou com uma expressão de quem já tinha avaliado a situação, e o possível escândalo que sua mãe daria, seu eu esquecesse algo estranho lá... Ou mesmo o cheiro que ficaria. Afinal ela nunca me viu saindo do banheiro depois de um fax enviado.
Novamente, ela me olhou calada por uns 30 segundos e disse:
- Amor, ta certo, vá, qualquer coisa você me liga viu...
- Certo, amor, to indo, xau!
Olhei de soslaio pro sogro, ele fez referência com a cabeça e me despedi.
Pois começou meu calvário nesse ponto em diante...
Da casa dela pra minha, era algo em torno de 1 kilometro. Eu porcamente avaliei que no máximo chegaria me cagando ou que eu daria um pique curto tipo algo, que vc quer chegar rápido, e ninguém perceba. Tentei, mas não deu! . Afinal em feriado de São João o que não falta é gente nas ruas. Principalmente no Nordeste. Lá fui eu caminhando, caminhando, apertando o passo, pensando em coisas boas, tristes, deu um piquezinho, e peido pra lá, peido pra cá. A primeira baixa foi à cueca. Eu pensei porra!! Já foi essa cueca.
Tentei dar um pique maior, fracassei! Nessa de forçar a corrida, saiu à primeira explosão da BH, senti algo encher a cueca, meu Deus! O fedor subia.
Parei a mini corrida, e fui andando, sem olhar pra nada e pra ninguém, baixei a porra da cabeça e fui embora.
Quando faltava menos de 300 metros, a segunda explosão seguida de um imenso calor descendo as pernas, agora eu sabia que a segunda baixa seria a calça, e se me segurasse mais poderia salvar o sapato, mas nada... A quarta explosão foi logo em seguida e o sapato também estava começando a escorrer merda para dentro, pela meia e calcanhar. Quando chego 15 metros de casa, na porta, estavam duas meninas amigas minhas e vizinhas, olhando pra mim, sem entender nada... Por que eu tava com aquele semblante de sofrimento e dor?
Olhei pra elas, mirei bem no meio, segurei minha respiração não sei nem por que, afinal quem deveria segurar eram elas,. a merda passaria no meio... tentei passar de modo que o vento não trouxesse mais do que uma sensação pra elas... uma sensação que eu tinha pisado em bosta de cachorro.
Quando cheguei faltando menos de um metro, levantei a cabeça, esbocei um sorriso e disse: - Boa Noite!
- Elas, boa noite Alexandreee
- Boa noite meninas, tudo jóia, licença, xau...
Amigos, quando eu toquei a campanhinha da casa, minha mãe abriu a porta e olhou pra mim com uma cara de quem sabia que eu tinha feito merda, fiz sim! Mas, literalmente.Pelo nosso Senhor, só queria correr pro banheiro.
Quando cruzei a sala, os sinais começaram a surgir no chão... Minha mãe, gentilmente falou:
- O que você ta fazendo, aonde você andou quem coisa é essa, para ai já, ta sujando meu chão, Alexandre (meu pai), (ela falou tudo isso sem vírgula, ponto e nem nada, eu que to dando a pontuação), o que é isso?
- É merda, ora bolas numa naturalidade, que só meu pai tinha.
Eu entrei voando pra dentro do banheiro, tirei a blusa ensacada da calça, jogando cinto e sapato pra tudo quanto é lado. Quando me sentei no vaso, esqueci de levantar a tampa, caguei encima um pouco, depois levantei e continuei cagando por uns 10 minutos, um verdadeiro vulcão em erupção de cabeça pra baixo.
Eu, em meu devaneio, gritava pra ela trazer balde, pano de chão e vassoura. Ao fundo eu ouvia ela, xingando a mãe do guarda em plena 11 horas da noite.
Quando achei que tinha parado, olhei pro Haiti que ficou no meu banheiro. Escovas de todos em casa, cagadas. Sabonete, parede e teto Cagados. Minhas roupas e sapatos, cagados. Caguei até o relógio, não sei nem como.
Minha mãe na porta bateu levemente e anunciou. Tá aqui tudo que você me pediu e só saia quando tiver tudo limpinho, Tome também um saco plástico não quero nada que tenha no banheiro ai, jogue tudo fora. Nem me fale nada. Apenas faça.
Eu fiz, e passei umas 2 horas limpando, desinfetando e lavando minhas roupas e sapatos no banheiro, só entreguei a ela quando tavam cheirando a sabonete limpo.
Finalizando, lá pelas 3 da manhã ainda saiu uma larva do vulcão, mas nada que se estrague.
Com certeza é a melhor história contada aqui.
ResponderExcluirSuas técnicas narrativas me fizeram visualizar os acontecimentos. Já pode trabalhar lavando banheiro de rodoviária!
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