quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Acabou

Ahhh, finalmente acabou. Mês de fevereiro se vai, e com ele vai também uma boa parte do tormento dos vestibulandos: exames, espera pelos resultados, listas de classificados, listas de espera, listas de reclassificados, não-aprovação, decepção e para ajudar mais, a sua via-sacra para contar a todos, começando pelos pais e terminando no porteiro do prédio da frente, que você não passou.

Talvez para alguns isso não faça o menor sentido ou não seja a pior coisa que existe. Mas no momento em que vemos um ano de esforço e dedicação sem o resultado esperado no final, a única coisa que se passa na cabeça é até que ponto valeu a pena. Há ainda quem não critique e tente apoiar, mesmo que seja com um comentário cretino do tipo: vestibular é igual Natal, todo ano tem", ou "não era a sua hora ainda". Que esse post sirva também para quem convive com vestibulandos: fiooooos, se vocês não têm o que falar, fiquem quietos que será menos humilhante. Ao ouvir esses comentários também nos vem em mente quando é que vai ser para ser, quando vamos sair do meio termo na vida.

Muita gente já me perguntou porquê, mesmo passando por essas situações chatas, porquê mesmo sentindo essa raiva toda e mesmo com tantos fails (eu já contabilizo 3 tentativas e pelo menos 32 fails), continuo tentando. De fato, seria mais fácil desistir, escolher outra carreira, virar hippie, sei lá. Porém, quando o sonho de entrar em determinada carreira é colocado na balança com essas adversões, o nó na garganta vem e renovamos as esperanças para sentar a bunda da cadeira numa sala de cursinho e tentar de novo, com a mesma vontade que tinha na primeira vez. Aqui estou eu novamente usando a PI como divã, e confesso que gosto disso!

No meu caso, o sonho é pela Medicina. Sem médicos na família, sem motivos específicos para essa escolha. Apenas uma fascinação que não se explica. Acho que, se mesmo depois de ver esse vídeo aqui eu continuei amando a ideia de ser médica, realmente não há o que fazer além de aceitar a vontade alheia que entrou em mim pela profissão e continuar tentando...

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