terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Caso João de Freitas Guimarães - Registros da SBEDV

Famoso caso de contato imediato amistoso com tripulantes de um disco voador em São Sebastião (SP)

A Sociedade Brasileira de Estudos de Discos Voadores (SBEDV) foi pioneira no estudo do fenômeno OVNI em território brasileiro, tenho investigado centenas de casos de contato imediato com tripulantes destes objetos. A maioria de suas pesquisas era publicada em um boletim informativo próprio, de periodicidade irregular, onde eram detalhados aspectos da pesquisa, do caso ocorrido e com depoimentos dos protagonistas dos casos apresentados. O Caso João de Freitas Guimarães é um dos inúmeros casos investigados pela SBEDV, sendo apresentado em vários boletins da entidade. O texto a seguir é retirado do Boletim da SBEDV, nº 4. A linguagem original, utilizada no texto, com termos e regras gramaticais da época, foi mantida.

Transcrição:

Em seguida vamos transcrever o relato do Sr. Prof. João de Freitas Guimarães da sua viagem num Disco Voador, em entrevista concedida à TV-13, na noite de 27 de agosto de 1957.

Relata o Prof. João de Freitas Guimarães que fora à São Sebastião à serviço de sua profissão, de vez que é advogado militante. Encontrando o fórum já fechado, jantou e pôs-se a passear pela praia, para fazer a digestão. Não pode precisar a hora, pois não tivera preocupação de olhar o relógio, mas calcula que seriam 19:10 ou 19:15 hs.

O céu estava encoberto, sombrio, sem luar. Não havendo banco, sentou-se na praia, pôs as mãos sobre os joelhos e ficou olhando o mar, que estava bastante escuro. De repente, percebeu que a água clareava, no trecho compreendido entre Ilha Bela e São Sebastião. Em seguida, elevou-se um jato d'água, semelhante a um repuxo, o que o fez pensar numa baleia. Verificou, logo após, que se tratava de um aparelho bojudo, que tomava direção da praia. Ao chegar ali, lançou um trem de aterragem, munido de esferas. Reparara bem que eram esferas e não bóias. Do aludido aparelho saltaram, então, dois homens, que caminharam ao seu encontro.

Eram duas criaturas humanas, ou pelo menos, tinham essa aparência. Confessa que se assustara um pouco, porque estava só. Pôs-se, então, de pé, e embora experimentasse um certo receio, não teve, contudo, vontade de fugir.

Pode verificar, agora, que se tratava de indivíduos altos (acima de 1,80 m), com cabelos louros e longos, tez clara e possuindo sobrancelhas. Usavam uma espécie de macacão, de cor verde, estreitando-se ao nível do pescoço, dos punhos e dos tornozelos. Os olhos eram claros e tranquilos.

Perguntou-lhes o professor se teria havido algum incidente com o aparelho, ou se estavam à procura de alguém ali. Não obteve resposta. Tentou então falar-lhes em francês, inglês e italiano, mas ainda sem resultado desta vez.

Teve, em seguida, a impressão de que era convidado a entrar no aparelho. Não sabe explicar porque fora levado a  admitir que o convidavam, mas o fato é que assim o entendeu. PAreceu-lhe que eles usavam a linguagem telepática. Acrescentou que não é cientista, que não se tem ocupado de assuntos dessa natureza, mas pelo que conhece a respeito, é levado a admitir que eles empregavam esse meio de comunicação, embora verificasse, mais tarde, que eles eram dotados de voz articulada. Esclarece que nunca se ocupou da questão dos discos voadores. Por falta de tempo, desconhecia quase tudo a respeito desse assunto. Contudo, pareceu-lhe que aquele aparelho fosse uma dessas estranhas aeronaves. Sentindo que o convite perdurava, veio-lhe, então, irresistível vontade de conhecê-lo interiormente.

Um dos tripulantes tomou, em seguida, a direção do aparelho, dando-lhe as costas. O Dr. Freitas Guimarães segui-o sem relutância, sendo acompanhado pelo outro tripulante. Ficou, assim, no meio de ambos.

O tripulante que ia à frente, alcançou a parte inferior da nave, e nela subiu, segurando-se à escada com apenas uma das mãos. O Dr. Freitas Guimarães precisou do auxílio de ambas as mãos.

Pôde o Dr. Guimarães observar que havia na porta de entrada do disco um outro tripulante, que ali permanecera durante todo o tempo. Quando o segundo tripulante, que caminhava atrás do entrevistado, penetrou no aparelho, reuniu-se àquele que ficara de pé, e a porta foi fechada.

Contou o professor que permanecera num único compartimento, mas pôde verificar que havia outros, também iluminados.

Quando o aparelho se ergueu, notou que nas vigias havia água, como se estivesse chovendo. Fez, então a pergunta: "Está chovendo?", a qual foi-lhe respondida telepaticamente, por um dos tripulantes, de que não se tratava de chuva. Aquela água originava-se da rotação, em sentido contrário, da peças que compunham o disco. Em toda a volta do aparelho havia um tuo de filtração de raios, que tinha a propriedade de fazer o semi-vácuo em qualquer uma das suas partes.

Viu, através das vigias, e acima da Terra, uma zona intensamente escura, onde astros brilhavam de uma maneira extraordinária. Sucediam-se regiões enxameadas de estrelas, que cintilavam com fulgor incomparável, e às quais se seguiam novas zonas escuras. Atravessaram, em continuação, uma camada vileta e depois outra, de um violeta vivo, fulgurante. Nessa ocasião, sentiu que o aparelho se sacudia fortemente. Manifestou, por isso, certo receio. Disse-lhe, então, telepaticamente, um dos tripulantes: "O aparelho acaba de deixar a atmosfera de seu planeta".

Durante a viagem perguntara-lhe de onde eram eles originados, mas não obteve resposta. Não sabe porque razão não quiseram se identificar. Quando soube que já estavam fora da atmosfera da Terra, ficou assombrado. Reparou que havia no compartimento onde se encontravam, um instrumento de forma circular, no qual se moviam três agulhas, muito sensíveis e que já vinham trepidando. Ao deixarem a atmosfera da Terra, as referidas agulhas passaram a vibrar intensamente. Segundo foi-lhe explicado por um dos tripulantes, o aparelho era conduzido no sentido da resultante da composição das forças magnéticas naquele lugar.

Os corpos que se incendiavam no espaço, com coloração diversa, as nuvens irisadas que corriam velozmente, tudo aquilo constituía um espetáculo indescritível. Ao voltarem, notou que o seu relógio havia parado. Não pôde, pois, verificar quanto tempo estiveram em voo, mas estima-o em 30 ou 40 minutos. Foi ao hotel e teve vontade de gritar a todos a sua extraordinária experiência.

Pareceu-lhe que há, da parte dos tripulantes desta aeronave, um trabalho de investigação junto aos habitantes do nosso planeta. Teve a impressão de que eles desejam nos orientar sobre os perigos que ameaçam a humanidade. Na opinião d Prof. Freitas Guimarães, o comportamento humano é quase selvagem. Todo o homem nasceria bom, mas em virtude das condições inerentes à Terra, torna-se mau. Há um conjunto de experimentos de ordem científica que está sendo tratado com leviandade. O emprego indiscriminado da bomba atômica não provoca, apenas o aumento da ionização da Terra. Provoca, também, a destruição de camadas da atmosfera que filtram raios perigosos. Se não houver mais cuidado no emprego desses terríveis engenhos, todos sofreremos as conseqüências dessas explosões.

Conta, ainda, o professor que este fato ocorreu há mais ou menos 14 meses e que, à exceção de sua esposa, não relatara o caso a ninguém. Contudo há mais ou menos 6 meses atrás, flou sobre o mesmo a um Juiz em São Paulo, Dr. Alberto Franco. Contou-o, também, a um antigo advogado daquela capital, Dr. Nilson(?).

Durante um almoço que se realizou na Associação dos Advogados (?), viu uma panela de alumínio e fez, em torno da mesma, uma brincadeira alusiva aos discos voadores. Os seus colegas desconfiaram, então, que ele devia saber algo a respeito dessas aeronaves, que tantos comentários tem despertado.

Mais tarde, narrou o acontecido a um amigo, Dr. Lincoln Feliciano - (?). Este, naturalmente, empolgado com a narrativa, transmitiu-a à pessoa que escreveu o artigo que vem despertando todo esse rumor. Acrescenta que, a partir dessa época, não teve mais sossego. Tem sido muito assediado por todos os meios. Embora todos que o procuram sejam muito cordiais, torna-se contudo, difícil, pare ele, explicar exatamente como o fato se passou. Usa, para exemplificar de uma imagem: alguém que, durante uma estranha viagem, tivesse visto, pela primeira vez, uma máquina pneumática e quisesse ao voltar, descrevê-la à pessoas interessadas, mas que nada conheciam sobre a mesma. É claro que não poderia fazê-lo com precisão. Os fatos que testemunhou ultrapassam os seus conhecimentos.

Declarou em seguida, não ter sido o primeiro cidadão da Terra a viajar naqueles engenhos. Informa haver recebido, após a divulgação pela Imprensa, de sua aventura, uma relação de obras sobre o assunto, em algumas das quais são narradas experiências semelhantes àquela que viveu.

Perguntado sobre se sentira mal durante a viagem, respondeu que experimentara certo mal estar quando o disco levantara voo e também baixara. Sentira-e aflito com frio nas extremidades. Atribui isso a um nervosismo natural.

Declara que fora combinado um novo encontro com os tripulantes do aparelho para agosto deste ano: 12 de agosto de 1957.

Inquirido sobre a maneira como fora marcado aquele encontro, esclareceu que, durante a viagem, mostraram-lhe os tripulantes 12 constelações, que dispuseram sob a forma do Zodíaco. Uma roda indicava o ano, e a repetição de doze vezes o número 8, deu-lhe a impressão do mês de agosto. Desse modo, ele interpretou como sendo aquela data.

Consultado sobre os motivos que o teriam impedido de comparecer ao encontro combinado, respondeu que não poderia ter ido. Havia sido organizada uma caravana para assistir a entrevista, o que acarretaria grande tumulto. Além disso, havia perdido, naquele período, parentes próximos. Fora também, procurado por um oficial da FAB, que lhe pedira que não fosse ao aludido encontro. Acresce, ainda, as circunstâncias de a Aeronáutica haver enviado aviões de caça, a jato, o que poderia ser causa de vivos incidentes. Se um daqueles aparelhos atingisse o disco, isso poderia parecer um ato de traição, de sua parte. Considerar-se-ia desleal se contribuísse para criar uma situação desagradável para com aqueles seres, que foram tão atenciosos para com ele. Confessa ser mais prudente do que curioso. Conclui dizendo que se encontrava em plena consciência e que está seguro de que não foi vítima de uma alucinação. Diz ser idealista, mas prático.

Entrevista à SBEDV:

Parece que há multiplicidade de formas de Discos Voadores. Há notícias de formas de Discos Voadores que coincidem com o Disco Voador visto por V. Excia. na praia de São Sebastião?

Sim. O próprio Disco fotografado por Almiro Baraúna sobre a Ilha de Trindade, cujas fotografias tive a oportunidade de ver por ocasião de uma visita que fiz ao navio escola Almirante Saldanha da Gama, à convite da própria oficialidade transmitido por intermédio do Dr. Vasconcelos, ao tempo, em serviço na capitania dos portos desta cidade de Santos, e que aliás esteve presente a toda a entrevista que durou cerca de 4 (quatro) horas. Foram-me exibidas 6 (seis) fotografias se não me falha a memória, sucessivas, demonstrando que se fotografou o aparelho no curso de seu deslocamento. Também o Disco Voador fotografado do Alto da Boa Vista ( O Cruzeiro de 16 de agosto de 1958 fig. 6) tinha a mesma forma daquele com o qual mantive contato. Todos os dois, aliás, tanto o da Ilha de Trindade, como o fotografado no Alto da Boa Vista, são idênticos, quanto a forma, ao que tive oportunidade de desenhar e correspondem ao que conheci nas praias de São Sebastião (Fig. N° 5) em 1956, em 16 de junho, ocorrência divulgada em 1957, 3 semanas antes da data que havia sido ajustada com os tripulantes para um novo encontro. Esta deveria realizar-se no dia 12 de agosto de 1957, quando, já porque o Cel. Coqueiro, na presença do Dr. Gabriel Alca, do irmão deste, de um escrevente do 5° Tabelião de Santos e do meu próprio filho, depois de ele, Cel Coqueiro, dizer, frente ao desenho que fiz daquele aparelho, que nos arquivos da FAB, havia fotografia idêntica ao desenho, disse textualmente: "Eu, se fosse o senhor, não iria a este encontro. Terei lá 2 (dois) esquadrões de caça a jato, para receber o disco voador" e já porque, ainda a véspera do dia 12 de agosto de 1957 estivesse eu ocupado com a morte da mãe do meu sogro, e também esgotado com a atenção que tive que dar a repórteres de todo o país, quer durante o dia, quer durante a noite, e as vezes madrugada adentro, e ainda pela circunstância de se anunciar que a grande massa de povo se deslocava a São Sebastião, resolvi não ir ao local do encontro. mas soube por pessoas que deram testemunho público, na TV Tupi da Capital (São Paulo) que o disco voador passou por São Sebastião, de modo só para mim significativo, pois passara na praia de Baraqueçaba, onde se localizavam as Terras que o meu Luis Rodan, disputava judicialmente, no Forum da Comarca de São Sebastião, contra seu sócio Felipe Genciano Bueno, guarda da Alfândega de Santos.. Viram aquelas testemunhas o aparelho sair por trás da Ilha Bela, e tomar a direção da praia de Baraqueçaba, como contaram na TV Tupi, indicando ainda nomes de outras pessoas que presenciaram este fato. Aliás, estas pessoas gravaram em aparelho próprio as tentativas de ligação telefônica para São Paulo, quando estiveram em São Sebastião e com o objetivo de informá-la de que tinham visto o aparelho em São Sebastião, a praia de Baraqueçaba. Não conseguindo a ligação telefônica com a Tupi, obtiveram-na com a Rádio Cultura de São Paulo e chamaram pelo Sr. Paulo Mansur e dali responderam que este  não estava, desligando logo o telefone, enquanto os interessados ficavam dizendo "alô... alô...". Tudo se ouve perfeitamente na gravação que a despeito de ter sido levada, posteriormente a Tupi de São Paulo, não foi por esta irradiada, como se pediu e esperava, porque foi prometido às testemunhas.

Porque o senhor não relatou tudo isto à Imprensa? Ou não fez publicações a respeito?

Não deixei de, verbalmente, fazer as referências a tais fatos, a um número restrito de pessoas. Mas a divulgação ampla não a fiz porque contava se não com o desinteresse de muitos, com o descrédito de quase todos, quanto aos Discos Voadores, assunto que para mim era de suma importância, mas para cujo trato sentia que muitos poucos estavam habilitados. Nada escrevi, em tal sentido, porque como se anunciava, tudo teria objetivo de propaganda livresca, ou de lançamento pessoal com fins políticos. A maneira pela qual o assunto foi tratado pela imprensa, de um modo geral, se orientou no sentido de ridicularizar ou comprometer a minha pessoa, pela deturpação dos fatos e a atribuição de ouros que não referi, tudo isto, parece, que para confundir a opinião pública, que tinha na ocasião o direito de ser perfeitamente esclarecida. Dada a realidade do fato, este mereceria chegar ao conhecimento do povo sem alterações, e sem que outros propósitos ocultos ou incompreensíveis, viessem a prejudicar o exame criterioso da matéria, que aliás não era desconhecida em nosso país. Por que não são publicadas as fotografias existentes nos arquivos da Força Aérea Brasileira, que as tem, segundo informação do Cel. Coqueiro, em presença do Sr. Gabriel Alca e outros dando-se à publicação, o caráter de repertório sobre Discos Voadores?

O que mais lastimo é que pessoas que julgava cultas, se revelassem incapazes de admitir o assunto, ao menos com a seriedade do pesquisador que admite a hipótese. Desta forma toda a ilustrada convicção contrária à realidade do fato, vinha autorizada e consagrada no sorriso estúpido.

Haveria coincidência entre a descrição do aspecto do Cosmo feita por Gagarin com as que foram feitas pelo senhor?

Há inteira concordância entre a descrição de Gagarin e a que foi vários (4) anos antes, o que pode ser verificado do respectivo confronto das declarações daquele cosmonauta, divulgadas na Imprensa, e as que fiz publicar no natal de 1959, na revista "Monismo", no Núcleo Ubaldino de Metafísica a pedido. A publicação referente a Gagarim pode ser encontrada na 1ª edição da Folha de São Paulo, de 14 de abril de 1961. Não é possível conforme o afastamento da Terra, seja muito grande, saber-se onde está o Sol, pela simples procura de sua luz típica, alaranjado carregando, próximo a Terra, cor de ouro a cerca de mais ou menos 200 km. de afastamento e, depois de um afastamento muito maior, não se vê mais tal cor na luz do Sol, não se sabendo mais o que seja ou não, e onde esteja o nosso Sol, tranqüilizador para quem se afasta da Terra.

Fonte

Um comentário:

  1. Acredito em tudo que ele falou. Inclusive veja esses vídeos. https://www.youtube.com/watch?v=Y_YSjZBcDOc

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