segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

As crianças Incas de 500 anos

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As três múmias (500 anos) conhecidas como Crianças de Llullaillaco, descobertas em 1999 no topo de um vulcão da Argentina, tiveram em mim sempre uma verdadeira fascinação por se tratar de um verdadeiro ritual arcaico (cerimônia chamada de Capacocha.) que por motivos diversos tiveram preservados todas as suas particularidades. Após minuciosos estudos, os cientistas obtiveram até a última refeição de cada criança. Uma morte que seria trágica e dita como ritual de magia negra hoje nos dias atuais. Naquela época servia de motivo de grande orgulho para os pais, apesar do destino cruel e injusto, as crianças seguia em marcha de até 100 kilometros para alcançar seu destino final. A Donzela, a Menina do Raio e o Menino foram achados em março de 1999 no topo do vulcão Llullaillaco, nos Andes, a 6.739 m de altitude.

Com as múmias havia mais de 150 objetos. As condições ambientais da alta montanha garantiram o excelente estado de preservação no qual foram achadas as múmias. As fontes explicaram que elas serão exibidas em vitrinas especialmente projetadas para reconstruir as condições ambientais do local, com uma temperatura de 20ºC abaixo de zero, pouca exposição à luz e baixa pressão.

Escolhidas por sua perfeição física e por sua condição política e social, as crianças foram conduzidas ao alto do vulcão, o "ponto mais próximo do Sol", para se transformarem em deuses atentos e protetores das comunidades sob o império incaico. É o túmulo inca mais alto já encontrado. A Menina do Raio, de um pouco mais de 6 anos, estava sentada com as pernas dobradas, as mãos semi-abertas apoiadas sobre as coxas e o rosto olhando para o alto, em direção oeste-sudoeste. Segundo as investigações, depois de seu enterro, a elevada temperatura de uma descarga elétrica queimou parte de seu rosto, pescoço, ombros e braços, além de suas roupas e parte de seus objetos. A menina usa um "sacu", um vestido marrom claro preso na cintura por uma faixa colorida. Sobre seus ombros leva uma "lliclla", um manto marrom sustentado por um "tupu" (broche) de prata. A Donzela, de cerca de 15 anos, estava sentada com as pernas cruzadas, os braços apoiados sobre o ventre e o rosto olhando em direção oposta à Menina do Raio. Seu rosto foi pintado com um pigmento vermelho e em cima da boca se observam pequenos fragmentos de folhas de coca. Segundo os pesquisadores, a jovem pode ter sido uma "aclla" ou "virgem do Sol", educada na Casa das Escolhidas ("aclla huasi"), um lugar privilegiado para as mulheres nos tempos dos incas.

O Menino, 7 anos, estava sentado sobre uma túnica cinza com as pernas dobradas e seu rosto virado para o leste, apoiado sobre os joelhos. Como todos os homens da elite inca, tinha cabelo curto e um adorno de plumas brancas. Vestido com uma roupa vermelha tem em seus pés mocassins de couro com apliques de lã marrom, com tornozeleiras de pele de animal. No pulso direito, leva um bracelete de prata.

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