quinta-feira, 31 de março de 2011

Obras para a realização da Copa 2014


Em uma de minhas várias matérias cretinas sobre futebol e política esportiva eu já falei algumas coisas que pouca gente sabe, como por exemplo que a CBF, assim como a FIFA,  é uma instituição privada, ou seja, vale dizer que a Copa do Mundo que será realizada no Brasil é um evento privado, que será bancado com dinheiro público.

Que o Josef Blatter é uma versão “Ricardo Teixeira” no comando da FIFA, que empreendeu um ambicioso plano de enricar com o futebol mundial, mais ou menos parecido com o plano da CBF para com o futebol brasileiro.

Falei das escolhas de países sem a menos expressão no mundo do futebol, como por exemplo o Quatar, a escolha da Rússia, patrocinada pelos seus novos bilionários, e do próprio Brasil, com seu financiamento público e alto índice de corrupção, para sediarem Copas do Mundo, os cenários perfeitos para se fazer dinheiro. 

Tudo isso pode ser conferido aqui.

Mas hoje iremos falar de coisa séria. iremos falar do nosso dinheiro que está em jogo. Enquanto instituições privadas, dona FIFA e CBF podem fazer o que quiser. O problema surge quando um evento privado é bancado com dinheiro público, ai passa a ser do nosso interesse a questão.

Nós da Perguntas Intrigantes - Livre, conhecedores profundos das artimanhas políticas de nossos nobres parlamentares e políticos de um modo geral, viemos aqui fazer sérias denúncias contra o Ministério dos Esportes, CBF e FIFA.

Por se tratar de dinheiro público, que será empreendido na realização das obras, faz-se necessário a realização de licitações públicas, por exigência da legislação vigente.
A Lei de licitações (Lei 8.666/93) diz em seu artigo 24, inciso IV:

"Nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos" 

Nós, povo brasileiro, esperamos, sinceramente, que esse atraso nas obras não seja uma forma de criar uma situação que se encaixe no dispositivo da lei para que obras sejam realizadas as pressas sem licitação, para que haja a farra do boi com dinheiro público.

A FIFA tem patrocinadores que tem grande interesse nessas obras, políticos brasileiros em sua maioria são empresários, alguns são donos de construtoras, tudo isso gera uma suspeita grande sobre essas obras e licitações.

Estamos de olho!

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