domingo, 6 de março de 2011

O cinema como forma de emburrecimento


Os filmes lançados em território nacional, tanto os estrangeiros como os títulos nacionais, em sua grande maioria buscam o lucro por meio de histórias medíocres regadas a modernas técnicas de filmagem e refinado acabamento tridimensional que não exigem grande interpretação intelectual e se tornam obras-primas devido ao falatório da imprensa especializada ou não.

Filmes pipocas não tornam o telespectador imbecil por si só, o problema é quando o infeliz só assiste a esse tipo de material estúpido e fica bestializado se achando o suprassumo da vanguarda simplesmente por ter assistido ao lançamento mais recente que saiu nos EUA fazendo o download ilegalmente.

Uma maneira estúpida de agregar cultura altamente descartável ao invés de aproveitar como muitas pessoas fazem que seja esperar o lançamento oficial, seja nos cinemas ou para o mercado de vídeos. Não somente a pirataria contribui para a extinção das vídeo locadoras, mas pensando em médio prazo, com a onda crescente de aquisição ilegal de filmes, o cinema inteligente pode deixar de existir.

Obviamente que não é todo longa-metragem que deve ser degustado sentado nas confortáveis cadeiras do cinema, justamente por isso que é preciso ser seletivo e quanto maior senso crítico o público tiver, menos produtos vagabundos chegarão aos nossos cinemas e maior será a agregação cultural proveniente de filmes de melhor qualidade.

Enquanto houver público para algumas obras cinematográficas anencéfalas, os cinemas de grande circuito continuarão a trazer blockbusters com apenas o intuito de lucrar em cima de um produto cujo único atrativo é os efeitos especiais milionários, cujo produto final não é muito diferente de estar assistindo a um jogo de videogame tendo apenas que ficar com a bunda na cadeira por duas horas.

3 comentários:

  1. Grosseiramente há três tipos de críticos de filmes, os amadores (chat PIL), os profissionais chatos (Marcelo Hessel e Christian Petermann) e os profissionais mais chatos ainda.

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  2. falar uma coisa .... pobre é excluído do cinema e não quer esperar chegar na locadora. Compra um dvd pirata e pronto problema resolvido. Ele tá interessado no pq que tanto falam nessa porra de filme na tv. grandes obras podem ser baixadas na internet e se não vier pro brasil paci~encia tem um fansub que faz o trabalho sujo.

    Quem é inteligente o bastante vai em um site especializado e baixa o filme inteligente. Foda-se a produção que vai lucrar menos ... do dinheiro dos brasileiros eles não estão precisando. Pra que vão querer que meia duzia de inteligentes assistam seus filmes? Não dá dinheiro.

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  3. A grande maioria dos filmes os quais chegam aos nossos cinemas tem três apelos, a violência banalizada, o excesso de cenas de sexo gratuitas e o humor grotesco, enquanto houver público para essas aberrações, é óbvio que não trarão filmes inteligentes em maior quantidade.

    Por sorte, alguns entram em cartaz, são filmes que fazem com que indaguemos as razões dos elementos estarem ali dispostos daquela maneira.

    Se por ventura o texto expôs uma crítica ao pobre, muito pelo contrário, o pobre merecidamente merece uma bolsa cultura.

    A produção nacional não merece plateia para lotar suas salas de cinema? Depois de Tropa de Elite 2 as produtoras deveriam pensar duas vezes antes de lançar qualquer produto acerebrado nas salas.

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