sexta-feira, 11 de março de 2011

Poesia


Em uma de minhas andanças pela minha cidade natal no sertão do agreste pernambucano, encontrei um poeta amigo que fez este poema para meu pai e eu. Creio que muita gente que vive longe de seu pai ou pais irá se identificar.

Você tem que viajar
E viver longe dos pais
Saiba que é triste demais
Ver você se apartar
Sei que você vai chorar
Ao partir da sua cidade
Quer ver chorar de verdade?
Veja eu ver você sair
O meu filho vai partir
E me matar de saudade.

Mas, filho, lhe abençôo,
Eu quero lhe ter por perto
Também lhe quero liberto
Alcançando seu próprio vôo,
De você eu não enjôo
E lhe deixo à vontade,
É tanta nossa amizade
Que eu rio ao lhe ver rir
O meu filho vai partir
E me matar de saudade.

Sei que saudade não mata
Mas que machuca, machuca!
Eu vou fundir minha cuca
Com saudade tão ingrata
Antes que a porta bata
Para sair de verdade...
Me abrace com vontade
De quem vai sem querer ir
O meu filho vai partir
E me matar de saudade.

Genildo Santana

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