quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Perguntas estranhas

Uma amiga me pediu trechos do Livros dos Médiuns, cito: Capítulo 24 até 26, qualquer coisa procure no google, tem o livro todo.

Evocações das pessoas vivas

37. A encarnação do Espírito é um obstáculo absoluto à sua evocação?

“Não, mas é preciso que o estado do corpo permita ao Espírito desprender-se no momento da evocação. O Espírito encarnado vem mais facilmente quando o mundo onde se encontra é de uma ordem mais elevada, pois aí os corpos são menos materiais.”

38. Pode-se evocar o Espírito de uma pessoa viva?

“Sim, uma vez que se pode evocar um Espírito encarnado. O Espírito de um vivo pode também, nos momentos de liberdade, se apresentar sem ser evocado; isso depende de sua simpatia para com as pessoas com quem se comunica.” (Veja a questão no 116, a história do homem
da tabaqueira.)

39. Em que estado está o corpo da pessoa cujo Espírito se evoca?

“Dorme ou cochila; é então que o Espírito está livre.”

39 a. O corpo poderia despertar enquanto o Espírito estivesse ausente?

“Não; o Espírito é forçado a  entrar nele; se, nesse momento, se entretém convosco, ele vos deixa, e muitas vezes vos diz o motivo disso.”

40. Como o Espírito ausente do corpo é advertido da necessidade de sua presença?

“O Espírito de um corpo vivo nunca está completamente separado do corpo; a qualquer distância que se transporte, a ele se prende por um laço fluídico que serve para chamá-lo quando isso é necessário; esse laço é rompido apenas com a morte.” Esse laço fluídico foi, muitas vezes, percebido por médiuns videntes. É uma espécie de cordão fosforescente que se perde no espaço e na direção do corpo. Alguns Espíritos disseram que é por isso que reconhecem aqueles que ainda pertencem ao mundo corporal.

41. O que aconteceria se, durante o sono e na ausência do Espírito,o corpo fosse ferido mortalmente?

“O Espírito seria advertido e voltaria antes que a morte fosse consumada.”

41 a. Assim, não poderia acontecer de o corpo morrer na ausência do Espírito e este, por sua vez, não conseguir entrar?

“Não; isso seria contrário à lei que rege a união da alma e do corpo.”

41 b. Mas e se o corpo fosse ferido subitamente e de improviso?

“O Espírito seria prevenido antes que o golpe mortal fosse dado.” O Espírito de um vivo interrogado sobre esse fato respondeu: “Se o corpo pudesse morrer na ausência do Espírito, isso seria um meio muito cômodo de cometer suicídios hipócritas”.

42. O Espírito de uma pessoa evocada durante o sono é tão livre
para se comunicar quanto o de uma pessoa morta?

“Não; a matéria o influencia sempre mais ou menos.” Uma pessoa nesse estado, à qual se dirigiu essa questão, respondeu:
“Estou sempre ligada a algemas que arrasto atrás de mim”.

42 a. Nesse estado, o Espírito poderia ser impedido de vir porqueestá em outros lugares?

“Sim, pode acontecer de o Espírito estar em um lugar que lhe interessa, e então não atende à evocação, principalmente quando é feita por alguém que não o interessa.”

43. É absolutamente impossível evocar o Espírito de uma pessoa acordada?

“Embora difícil, isso não é absolutamente impossível, porque, se a evocação atinge o alvo, pode acontecer de a pessoa adormecer; mas o Espírito pode se comunicar, como Espírito, apenas no momento em que a sua presença não é necessária à atividade inteligente do corpo.” A experiência prova que a evocação feita durante o estado de vigília pode provocar o sono ou pelo menos um torpor semelhante ao sono, mas esse efeito pode acontecer apenas por uma vontade muito enérgica e se houver laços de simpatia entre as duas pessoas; caso contrário, a evocação não acontece. Mesmo no caso em que a evocação poderia provocar o
sono, se o momento é inoportuno, a pessoa, não querendo dormir, oporá resistência e, se sucumbir, seu Espírito estará perturbado e dificilmente responderá. Disso resulta que o momento mais favorável para a evocação de uma pessoa viva é durante o seu sono natural, porque seu Espírito, estando livre, pode vir até aquele que o chama tão bem como poderia ir para outros lugares. Quando a evocação é feita com o consentimento da pessoa e esta procura dormir para esse efeito, pode acontecer de essa preocupação retardar o sono e perturbar o Espírito; é por isso que o sono natural é preferível.

CAPÍTULO 25 – EVOCAÇÕES

44. Uma pessoa encarnada evocada tem consciência disso quando desperta?

“Não. Isso acontece convosco mais freqüentemente do que pensais. Somente o Espírito o sabe e algumas vezes pode deixar uma vaga impressão do fato, como se fosse um sonho.”

44 a. Quem pode nos evocar se somos seres comuns?

“Em outras existências, podeis haver sido pessoas conhecidas neste mundo ou em outros. Podem fazer isso vossos parentes e vossos amigos igualmente neste mundo ou em outros. Suponhamos que vosso Espírito tenha animado o corpo do pai de uma outra pessoa; é vosso Espírito que será evocado e responderá.”

45. O Espírito evocado de uma pessoa viva responde como Espírito
ou com as idéias do estado de vigília?

“Isso depende de sua elevação, mas julga mais sabiamente e tem menos preconceitos, exatamente como os sonâmbulos; é um estado quase semelhante.”

46. Se o Espírito de um sonâmbulo no estado de sono magnético fosse evocado, seria mais lúcido do que o de qualquer outra pessoa?

“Ele responderia sem dúvida mais facilmente, porque está mais liberto; tudo depende do grau de independência do Espírito e do corpo.”

46 a. O Espírito de um sonâmbulo poderia responder a uma pessoa que o evocasse a distância e ao mesmo tempo responder verbalmente a uma outra pessoa?

“A faculdade de se comunicar simultaneamente em dois pontos diferentes pertence apenas aos Espíritos completamente libertos da matéria.”

47. Seria possível modificar as idéias de uma pessoa no estado de vigília ao agir sobre seu Espírito durante o sono?

“Sim, algumas vezes. O Espírito nesse caso não está tão preso à matéria por laços tão íntimos; eis por que se torna mais acessível às impressões morais, e essas impressões podem influir sobre sua maneira de ver no estado comum. Infelizmente, acontece muitas vezes de, ao despertar, a natureza corpórea o dominar e o fazer esquecer as boas resoluções que poderia tomar.”

48. O Espírito de uma pessoa encarnada é livre para dizer ou não o que quer?

“Ele tem suas faculdades de Espírito e por conseguinte seu livre-arbítrio; além disso, como tem mais poder de observação, é mesmo mais ponderado do que no estado de vigília.”

O LIVRO DOS MÉDIUNS – PARTE SEGUNDA

49. Seria possível obrigar uma pessoa, evocando-a, a dizer o que não gostaria de falar?

“Disse que o Espírito tem seu livre-arbítrio; mas pode acontecer de,como Espírito, dar menos importância a certas coisas que no estadocomum; sua consciência pode falar mais livremente. Aliás, se ele não quer falar, pode sempre escapar às importunações retirando-se, pois não se pode reter o Espírito como se retém o corpo.”

50. O Espírito de uma pessoa viva não poderia ser obrigado por um
outro Espírito a vir e falar, assim como ocorre com os Espíritos errantes?

“Entre os Espíritos, estejam encarnados ou desencarnados, há supremacia apenas pela superioridade moral, e deveis acreditar bastante que um Espírito superior jamais prestaria apoio a uma covarde indiscrição.” Esse abuso de confiança seria, de fato, uma má ação, mas não produziria nenhum resultado, uma vez que não se pode arrancar um segredo que o Espírito quer guardar, a menos que, dominado por um sentimento de justiça, confesse o que calaria em outras circunstâncias. Uma pessoa quis saber, por esse modo, de um de seus parentes se seu testamento era a seu favor. O Espírito respondeu: “Sim, minha querida sobrinha, e logo tereis a prova disso”. A coisa era, de fato, real; porém, poucos dias depois o parente destruiu seu testamento e teve a malícia de fazer com que a pessoa ficasse sabendo disso, sem que, entretanto,soubesse que tinha sido evocado. Um sentimento instintivo o levou, sem dúvida, a executar a resolução que seu Espírito tinha tomado de acordo com a pergunta que lhe tinha sido feita. Há covardia em perguntar ao Espírito de um morto ou de um vivo o que não se ousaria perguntar frente a frente, e essa covardia nem mesmo tem por compensação o resultado que se pretende.

51. Pode-se evocar um Espírito cujo corpo ainda está no ventre de sua mãe?

“Não; bem sabeis que, nesse momento, o Espírito está em completa perturbação.” A encarnação torna-se definitiva apenas no momento em que a criança respira; mas, desde a concepção, o Espírito designado para animá-la é tomado de uma perturbação que aumenta com a aproximação do nascimento e que lhe tira a consciência de si mesmo e, conseqüentemente, a faculdade de responder  (Veja em O Livro dos Espíritos a questão no  344).

52. Um Espírito enganador poderia tomar o lugar do Espírito de uma pessoa viva que se evocasse?

“Sem dúvida que sim, e isso acontece muito freqüentemente, principalmente quando a intenção do evocador não é pura. Aliás, a evocação das pessoas vivas tem apenas interesse como estudo psicológico; convém abster-se disso todas as vezes que não se pretenda ter um resultado instrutivo.” Se a evocação dos Espíritos errantes nem sempre dá resultado, para nos servirmos de sua expressão, isso é bem mais freqüente com aqueles que estão encarnados; é então que Espíritos enganadores tomam seu lugar.

53. A evocação de uma pessoa encarnada possui inconvenientes?

“Ela nem sempre é sem perigo; isso depende das condições em que se acha a pessoa, pois, se estiver doente, pode-se aumentar seussofrimentos.”

54. Quais os casos em que a evocação de uma pessoa encarnada pode ter mais inconvenientes?

“Deve-se abster-se de evocar as crianças de tenra idade, as pessoas gravemente doentes, os velhos enfermos; numa palavra, pode ter inconvenientes todas as vezes que o corpo estiver muito enfraquecido.” A brusca suspensão das qualidades intelectuais durante o estado de vigília também pode oferecer perigo, se a pessoa nesse momento precisar de toda a sua presença de espírito.

55. Durante a evocação de uma pessoa viva, seu corpo experimenta fadiga por conseqüência do trabalho a que se entrega seu Espírito, ainda que esteja ausente?

Uma pessoa nesse estado, e que dizia que seu corpo se fatigava,respondeu a essa questão:

“Meu Espírito é como um balão cativo preso a um poste; meu corpo é o poste que é sacudido pelas oscilações do balão.”

56. Uma vez que a evocação das pessoas vivas pode ter inconvenientes quando feita sem precaução, o perigo não existe quando se evoca um Espírito que não sabe que está encarnado e que poderia não se encontrar em condições favoráveis?

“Não, as circunstâncias não são as mesmas; ele só virá se estiver em condições de fazê-lo; aliás, já não vos disse para perguntardes, antes de fazerdes uma evocação, se ela é possível?”

57. Quando experimentamos, nos momentos mais inoportunos, uma irresistível vontade de dormir, isso aconteceria por estarmos sendo evocados em alguma parte?

“Isso pode, sem dúvida, acontecer, porém o mais comum é um efeito físico, seja porque o corpo tem necessidade de repouso, seja porque o Espírito tem necessidade de liberdade.”
Uma senhora que conhecemos, médium, teve um dia a idéia de evocar o Espírito de seu neto, que dormia no mesmo quarto. A identidade foi constatada pela linguagem, pelas expressões familiares à criança e pela narração bastante exata de diversas coisas que lhe tinham acontecido no colégio; mas uma circunstância veio confirmá-la. De repente, a mão do médium parou no meio de uma frase, sem que fosse possível obter mais nada; nesse momento, a criança, semi-desperta, fez diversos movimentos na sua cama; após alguns instantes, tendo novamente adormecido, a mão começou a mover-se outra vez, continuando a conversa interrompida. A evocação de pessoas vivas, feita em boas condições, prova de maneira incontestável a ação distinta do Espírito e do corpo e, conseqüentemente, a existência de um princípio inteligente independente da matéria

(Veja na Revista Espírita, edição de 1860, páginas 11 e 81, diversos exemplos notáveis de evocação de pessoas vivas).

285 Telegrafia humana

58. Duas pessoas, ao se evocarem reciprocamente, poderiam transmitir seus pensamentos e se corresponderem?

“Sim, e essa  telegrafia humana será um dia um meio universal de correspondência.”

58 a. Por que não pode ser praticada desde já?

“Ela é praticada por certas pessoas, mas não por todas; é preciso que os homens se purifiquem para que seu Espírito se desprenda da matéria, e é ainda uma razão para fazer a evocação em nome de Deus. Até lá, ela está circunscrita às almas mais esclarecidas e desmaterializadas, o que raramente se encontra no estado atual dos habitantes da Terra.”

2 comentários:

  1. Como dizia uma certa múmia: "Antigos espíritos do mal, transformem esta forma decadente em Mumm-Ra".

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  2. Que viagem!
    Eu queria me comunicar com a Paola Oliveira. Tem como?

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