sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Voz sem razão


Há algum tempo, os comentaristas, críticos, cronistas, jornalistas, entre outros, eram apenas eles quem se expressavam nas diversas mídias existentes, jornais, revistas, rádios e tevês, enquanto que o resto dos mortais simplesmente concordava ou não, porém estes guardavam para si ou para rodas de amigos as suas opiniões.

Com o advento da internet, houve a democratização da opinião, basta o sujeito criar um site, blog, twitter, entre outras diversas ferramentas nesta vasta imensidão tecnológica para opinar sobre qualquer assunto, desde as maiores bobagens até assuntos mais sérios, obtendo até grande repercussão caso os assuntos tratados sejam feitos de maneira criativa.

O crescimento exponencial de opiniões próprias bate de frente com o velho modelo retratado no primeiro parágrafo. Qualquer dúvida pode ter resposta na rede, bastando procurar em famosos sites como Google ou Wikipedia. Uma rápida pesquisa e pronto, a pessoa na base do famoso ctrl+c e ctrl+v, torna-se PhD em qualquer assunto.

A troca de informações tornou-se dinâmica, as opiniões dos cronistas, jornalistas, críticos continua sendo válida, sem dúvida alguma, mas muitos deles não admitem ser contrariados, ainda continuam com o antigo pensamento de eles serem sim a voz ativa e o resto a voz passiva, em poucas décadas deixaremos de ter este modelo de opinião e todos seremos voz ativa, se já não o somos.

Agora, com a democratização da internet e a massificação das opiniões próprias sobre qualquer assunto, quem será o ouvinte ou leitor? Quem acatará com as opiniões dos outros? Quem será o certo ou o errado? Censura? Muito pelo contrário, democracia! Mas, imagina-se que daqui a um tempo a voz de todos seja ativa e muitas delas serão sem razão.

Um comentário:

  1. Sempre haverá que nos ouça, quem prefira ouvir ou ler determinada opinião, do que se ferir nos pacos, pérfidos, pequenos críticos de plantão. Aventura de omitir a opinião, embora difundida pelo advento da Internet; ainda carece de quem se exponha de verdade. O que escrevemos nos motiva a metamorfosia o que de pouco vinha se escamutiando nas mãos da mídia escrita e seus standards de ouro da literatura.
    Desculpa a proficuidade com as palavras, mas é que queria ironizar a escrita dos mestres.
    Acho tudo válido, porém garanto que esta nova forma de escrever dissemida pelos blogs tem muito mais sabor.

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