segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Quando só sobra às mentiras

mentiras

Antonio Alfredo desde sua separação viveu as voltas por anos enfrentando o câncer que comia sua mãe acamada em estado quase vegetativo. Durante esses anos, ele vivia pensando em como tinha chegado a tudo isso em seu caminho...

Que escolhas ele fez? Que caminho ele não seguiu? Em que não ajudou?

A cada dia que passava, mais afundava sua depressão e amargura da vida. Um só e completa devassidão no deserto de lágrimas e sofrimentos encoberto pela obrigação de trazer o pão nosso de cada dia. Alguns têm o direito de morrer, outros têm o dever de viver pra sustentar os outros.

Antonio vivia as voltas com seu passado que envolta de um sorriso cativante, e um perfume maravilhoso, trazia consolo aos dias de solidão dele.

Alessandra, casada por 15 anos, conviva com esse amor tardio, rebuscada de palavras doces e sexo selvagem.

Muita coisa que não dava certo para Antonio se ajeitava ou equiparava com aproximação do contato e da doce pele de Alessandra.

Alessandra como sempre uma mulher madura de grande volúpia, jamais satisfeita, procurava conciliar o amor que dizia sentir com seu dever de mãe, esposa e profissional capaz.

Por 10 anos, o romance bandido volta e meia tinha seus percalços, como toda relação andava em corda bamba, todavia os laços da carne que os unia eram espessos demais para romper tão facilmente.

Pelo menos é o que Antonio pensava ser a vida de Alessandra; pois desde que a mesma decedira pela separação do casamento fracassado, ela desandou a explorar sua dor e testar seu “ amor” que disse ter pra vida toda...

Com menos de 7 meses de sua separação Alessandra, passou a freqüentar as delícias da noite, e soubera ela que não era amor, era apenas monotonia que sentia pelo seu antigo marido.

Antonio Alfredo era apenas uma válvula de escape para sua vidinha que ela achava curta e medíocre.

Alessandra jamais se prestaria passar pelo papel de amante amada, ela queria muito mais, queria possuir o mundo, queria sentir de novo o pulsar latente da paixão no seu corpo inesgotável pelo prazer fugaz.

Contar a verdade pra que? Se a mentira é bem mais doce que a realidade...

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