terça-feira, 27 de julho de 2010

Formula não é esporte, é negócio!

Massa_Barrichello

Eu tenho ouvido esta frase por muitos anos de jornalistas que considero muito. E fico divergindo em casa de tal afirmação, por me considerar um fã da categoria. Mais precisamente fã de Ayrton Senna que mostrava pra mim grande competitividade sem aparentemente maracutaia. Claro é inegável que ele fazia por onde não se preterido por outros pilotos que se achavam melhores do que ele. Alan Prost foi um exemplo de quem tinha domínio de uma escuderia e o queria abaixo dos pés para controle. Quando Ayrton foi para McLaren em 1988 ele sabia que existia esta coisa de 1 Primeiro Piloto e 2 Piloto. Obvio que ele não tinha nem como vir da Lotus exigindo qualquer coisa que o privilegiassem ou não dentro da nova equipe.

Ele silenciosamente foi mostrando seu estilo, sua força e depois fez Ron Denis engoli a clausula de primeiro piloto logo na metade do campeonato. A raiva de Prost era por que ele sabia que “ legalmente” tinha este direito de sempre ter as melhores peças e as mais novas primeiro que o segundo piloto. Acontece que Ayrton não faltava a um treino de testes programado. Naquela época as escuderias podiam treinar quantas vezes quisesse e o dinheiro desse.

Ayrton pegou o jeito do carro e acertava ele com uma sintonia fina tão precisa que ficava difícil os japoneses aceitarem qualquer outra opinião. Esta qualidade tornava a concorrência dentro da equipe acirrada. De um lado toda equipe de Ron Denis que tinha que dar privilégios contratuais pro Prost, do outro a dona do motor mais potente da formula por 10 anos seguidos a HONDA, os japoneses queriam o Ayrton.

Então desde que a formula 1 nasceu tinha esse lance de um piloto ter mais condições do que outro, e ordem de equipe sempre existiu, existe e existirá sempre. Agora tem os que aceitam: Barrichello e Massa. E os que não aceitam, fazem ouvidos de mercador: Mansell e Piquet pai, que por sinal mandou Frank Williams tomar no angu dele quando o mesmo sugeriu tal situação vexatória.

Um bálsamo para Massa, é que quando corria para Sauber ele já disse não uma vez no segundo ano que corria, quando ele tava em 6 lugar e seu companheiro Heidfeld ocupava 7 lugar com melhor posição no campeonato que Massa. Ele disse não, e levou maior bronca e no final do ano demissão.

Parece que este novo contrato, Felipe ganhou um clausula a mais que nos anteriores: “ Iten 5 – Deixar passar Alonso quando este solicitar posição melhor”.

Essa safadeza só terminaria se a Fia obrigasse cada carro ter um patrocinador diferente, como é feito na Indy Car. Lá cada carro tem de ter um patrocinador diferente, com uma equipe de mecânicos e chefes diferentes, todos subordinados ao um único dono, mas com um representante em cada prova do Patrocinador. Assim seria evitado a ordem de “ deixa passar”.

Digamos que a Petrobras patrocinasse o carro do Massa; Banco Santander o do Alonso, como seria esta ordem? Impossível né!

A Petrobras presente nos boxes jamais aceitaria tal ordem, uma vez que seu patrocínio estaria na frente dos demais ou em qualquer posição da pista.

Se a categoria continuar com essa sacanagem, não haverá quem se quer possa apostar num vencedor, sem que o resultado seja manipulado pelas equipes.

Tolos somos nós que não boicotamos a Fiat com seus carros que vendem bilhões no Brasil diretamente instalada com altos benefícios de impostos, enquanto na Espanha eles não vendem nem a metade. A Fiat tem o dever de dar satisfação aos Brasileiros que estão sendo tratados como idiotas por torcerem por um carro ou equipe que não dá a mínima no caráter ético do esporte.

5 comentários:

  1. Essa safadeza só terminaria se a Fia obrigasse cada carro ter um patrocinador diferente, como é feito na Indy Car. Lá cada carro tem de ter um patrocinador diferente, com uma equipe de mecânicos e chefes diferentes, todos subordinados ao um único dono, mas com um representante em cada prova do Patrocinador. Assim seria evitado a ordem de “ deixa passar”.

    Como alguém vai controlar empresas multinacionais gigantescas?

    A indy é da forma que vc falou mais não possui a mesma tecnologia que F1 .... eu vejo a F1 mais como laboratório e vitrine mesmo. Empresas testando componentes e vendendo suas marcas.

    a INDY CAR É COMO TODO ESPORTE AMERICANO: CHATO E SÁDICO.

    Na F1 o que importa é o merito da equipe que é controlada por um jogador. Seria um tabuleiro de xadrez com as suas peças de cada valor, onde sacrifícios varias vezes são necessários. Se o massa deixa passar é pq o valor dele é aquele dentro do jogo.

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  2. ~Como Vai controlar? Simples estando lá.
    A Petrobras vale até mais que a Ferrari. Só que não é por ai o lance. O lance é de ter um patrocinador que exija sua marca exposta com seu piloto de preferência. Se a Ferrari aceitar esta condição ótimo! Se não aceitar, dane-se!
    O resto de tecnologia e produtos sendo testados não tem nenhuma influência em diretrizes da empresa. As equipes colocam quem quiser pra testar, só não pode influenciar no resultado final da competição. Isso que ela fez foi influenciar o resultado da corrida. Serve pra estrageiro como serve contra o próprio Massa.

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  3. "O resto de tecnologia e produtos sendo testados não tem nenhuma influência em diretrizes da empresa. As equipes colocam quem quiser pra testar, só não pode influenciar no resultado final da competição."

    umas das finalidades é testar e vender seus componentes para outras empresas. Tudo gira no jgo de influências tb o piloto que tiver a melhor articulação sai na frente. Mas aí há o fator de talento que entra, massa e alonso tem suas diferenças.

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  4. O título da postagem sintetiza em poucas palavras a minha opinião. O fato de se submeterem às ordens da equipe não é o fator contratual que pesa bastante em suas decisões devido à alta somatória de valores?!

    E caso tivessem agido contra a vontade da equipe, Massa nesta última prova e Barrichelo em 2002, em uma situação hipotética, caso fossem mandados embora, não haveria uma grade comoção tanto por parte da imprensa quanto da torcida que os tornariam heróis?

    Barrichelo agora abre o berreiro contra a ex-equipe, mesmo tendo sido conivente com a situação em 2002, logo, não passa de um chorão, tivesse sido mais homem na época.

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  5. Temos que nos indignar com tal situação, não tão somente pq seja um brazuca ali. Mas imagina ai duas ou 3 equipes com mesmo dono, final de campeonato e todos jogando sujo para apenas um ser campeão.Quem tá na frente poderia abrir mão de até 4 posições para benefeciar o " priveligiado" da equipe. Isso não é esporte, é negócio mesmo. Voce pode dizer que no atletismo tem disso, no ciclismo tem disso, várias modalidades tem seus coelhos. Ayrton mesmo fez na final de 1991 Gerard Berg sair na frente e segurou Mansel, até que o ingles fez merda. Dai ele foi atras e volta a volta saiu baixando o tempo até ultrapassar Berg. Na ultima volta Ron Denis perguntou se ele não haveria de retribuir o favor. Pasmen! Ayrton disse que quase não deixou isso acontecer, seu senso de competitividade era muito alto. Praticamente freou o carro na ultima curva para Berg vencer. Isso era o final do campeonato e Mansel estava fora da pista. ( se errei o ano, me desculpe).
    Eu sou totalmente a favor do Patrocinador individual, como disse anteriormente com um representante forte da empresa patrocinadora isso jamais aconteceria.

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