quinta-feira, 1 de abril de 2010

Suicídio – Coragem ou Loucura?

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“A autodestruição surge após múltiplas perdas, fragmentos de dias perdidos ao longo dos anos, rupturas, pequenos conflitos que se acumulam hora a hora, a tornar impossível olhar para si próprio. O suicídio é uma estratégia, às vezes uma táctica de sobrevivência quando o gesto falha, tudo se modifica em redor após a tentativa. E quando a mão, certeira, não se engana no número de comprimidos ou no tiro definitivo, a angústia intolerável cessa naquele momento e, quem sabe, uma paz duradoura preenche quem parte. Ou, pelo contrário e talvez mais provável, fica-se na dúvida em viver ou morrer, a cabeça hesita até ao último momento, quer-se partir e continuar cá, às vezes deseja-se morrer e renascer diferente."

Cortar os pulsos é um dos métodos menos eficientes para se cometer suicídio, com uma taxa de sucesso inferior a cinco por cento. É uma morte lenta, devido à estreiteza do antebraço e ao fato de só ser possível cortar um único pulso: um corte profundo secciona os nervos, inutilizando aquela mão. É também algo extremamente doloroso e, como tal, em geral só tem êxito com gente profundamente deprimida ou insana.

O Suicídio em muitos povos antigos tem como tradição, cultuar Deuses, atrair chuva, buscar sanar fome etc.

Na sociedade japonesa temos alguns exemplos, o Hara-kiri ou o Shinjyuu. O Hara-kiri era um privilégio das classes superiores, e concedido somente aos samurais (guerreiros. Já o Shinjyuu, a forma de suicídio cometida entre pessoas íntimas, era mais comum entre os  plebeus. nas peças de kabuki de Monzaemon Chikamatsu, o mais famoso escritor de peças para kabuk — até outros suicídios por familiares tais como o boshi-shinjyu (suicídio de mãe e filho/a), o ikka-shinjyu (o suicídio de toda a família).

A figura do Kamikaze foi idealizada para glorificar a guerra. É importante lembrarmos que, antes de a Toyota, a Mitsubishi, e outras companhias japonesas serem criadas e transformadas em representantes do poderio e capacidade japoneses, entre outros fenômenos que atestavam a nossa “macheza” estava a nossa capacidade de cometer o suicídio. Assim, o suicida funcionava como uma “bala humana” usada contra o inimigo, não somente metaforicamente, mas no sentido literal da palavra. Assim também funciona a resistência no Iraque em Israel. Onde quer que exista escassez de armas, ou de outros produtos manufaturados para exportar, os recursos humanos se tornam no substituto ideal.

As últimas estatísticas da Agência de Polícia Nacional Japonesa dizem que o número em 2003 chegou a 34.427 (27,0 por cada cem mil habitantes). Para cada cem mil pessoas, no ano 2000, a taxa no Japão foi de 34,1, comparado a 10,4 nos Estados Unidos, e 4,1 no Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde e do Trabalho Japonês, depois da segunda guerra mundial, o Japão passou por três ondas de suicídio. A primeira onda teve seu ponto mais alto em 1958, com 23.641 mortes; a segunda alcançou o máximo em 1986 com 25.667 mortes. Atualmente, estamos no meio da terceira onda, que começou em 1998. Estas ondas são observáveis não somente em termos do número, mas também em termos da taxa por cada cem mil habitantes.

Mais de um milhão de pessoas cometem suicídio a cada ano, tornando-se esta a décima causa de morte no mundo. Trata-se de uma das principais causas de morte de pessoas xom até de 35 anos de idade.

As religiões abraâmicas, por exemplo, considera o suicídio uma ofensa contra Deus devido à crença religiosa na santidade de vida. O Sati é uma prática funerária hindu no qual a viúva se auto-imola na pira funerária do marido, quer voluntariamente ou por pressão das famílias e/ou das leis do país.

O suicídio medicamente assistido (Eutanásia, ou o "direito de morrer") é uma questão ética atualmente muito controversa que envolve um determinado paciente que esteja com uma doença terminal, ou em dor extrema, que tenha uma qualidade de vida muito mínina através de sua lesão ou doença. Para alguns, o auto sacrifício geralmente não é considerado suicídio, uma vez que o objetivo não é matar a si mesmo, mas salvar outrem.

Eutanásia e suicídio assistido

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Máquina de eutanásia inventada por Philip Nitschke e disponível no Museu de Ciências de Londres.

Indivíduos que desejam pôr termo à sua própria vida podem recorrer ao auxílio de outra pessoa para atingir a morte. A outra pessoa, geralmente um membro da família ou um médico especializado, podem ajudar a praticar o ato, se o indivíduo não tem capacidade física para fazê-lo mesmo com

Suicídio assassinato

È quando o individuo mata com intenção de ser morto pela policia ou autoridades. Geralmente é em protesto por alguma perda ou bandeira nacionalista.

Ataque suicida

São ataques planejados com autodestruição inclusa através de artefatos explosivos ou armas químicas. A morte esta diretamente ligada à ação. Que apenas acontecerá se a situação parecer favorável a morte dos alvos localizados.

Suicídio em massa

Geralmente relacionados a crimes religiosos ou de ordem hipnótica, onde indivíduos por intermédio de alguém ou de algo praticam a morte coletiva com apoio de todos envolvidos.

Ranking da Auto-morte Mundial:

O Japão tem a mais alta taxa de suicídio do mundo desenvolvido (24,1 por 100.000 habitantes). Os suicídios atingiram o número recorde de 34.427 em 2003 (+ 7,1% com relação à 2002) Geralmente empresários e funcionários, comentem suicídios motivados por escândalos de corrupção ou perda de dignidade na sociedade. (fonte: AFP 22 de Novembro de 2004).

No ano de 2008 o suicido entre jovens bateu novo recorde no Japão, tendo alcançado 4.850 mortes, 1,7% a mais que no ano anterior, informou a polícia japonesa. Mesmo com este aumento, em 2008, 32 249 pessoas se mataram no Japão, uma baixa de 2,6% em com relação aos números de 2007.

A taxa de suicídios foi, no ano de 2008, de 25,3 para cada 100 mil habitantes, o que coloca o Japão entre os dez países do mundo com mais casos. O suicídio é a sexta maior causa de morte no Japão, onde não está associado a um tabu social. (fonte: 15 de Maio de 2009)

França

Em 1996, a França teve 12 000 suicídios por 160 000 tentativas; com 62 milhões de habitantes, esses números representam aproximadamente 19 suicídios por 100 000 habitantes, ou seja, um suicídio por 5 000 pessoas, e uma tentativa por 400 pessoas. A França ocupa o quarto lugar entre os países desenvolvidos. Esses números são mais ou menos estáveis desde 1980. O suicídio é uma causa mortis mais importante que os acidentes de trânsito.

Algumas personalidades famosas que pela história tiraram sua própria vida.

images1 Alberto Santos Dumont

imagesAdolf Hitler

images2Carlota Joaquina

imagesCAHBEUDU Cleopatra VII

imagesCA3MB6T8 Ernest Hemingway

imagesCAVJYWXS Eva Braun

imagesCAYG02R8 Getúlio Vargas

imagesCAXJM3R4 Judas Iscariotes

Um comentário:

  1. Nossa, não sabia que o Santos Dumont tinha se suicidado. Tu esqueceu de colocar a Leila Lopes na lista.

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