quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Celibato mental da igreja

176481_Papel-de-Parede-Celibato_1280x960

“É bom para um homem não ter relações sexuais com uma mulher”.” Mas, devido à tentação de imoralidade sexual, cada homem deve ter a sua própria mulher e cada mulher seu próprio marido.” (versículos 1-2); "Eu desejo que todos sejam como eu sou. Mas cada um tem o seu próprio dom de Deus, um de uma espécie e uma de outro. Para os solteiros e as viúvas digo que é bom para eles permanecer como eu sou. Mas se eles não podem exercer autocontrole, devem casar. Por isso é melhor casar do que queimar com paixão." (versículos 7-9).

O apóstolo Paulo escreveu e muito sobre o celibato. Ele tinha no celibato uma forma de honrar a “santidade” de Jesus Cristo. Ele achava que seguir o mestre em todos seus caminhos, mesmo os mais percalços, seria de todo bom tom. Mesmo ele não sendo celibatário até aquele tempo, ele pedia que houvesse uma moderação sexual de seus seguidores.

Devemos ampliar o leque para Pedro, e demais apóstolos que também nunca foram celibatários. E mesmo Pedro, primeiro pontífice, jamais abandonou seu casamento. Os apostolos tiveram inúmeros filhos e filhas. Oxalá o numero de netos descendentes dos mesmos que estão espalhados pelos quatro cantos do mundo.

Acontece que fora os mais fieis e apaixonados pela doutrina Cristã, até a idade média não havia celibato “oficial”. Cada qual seguia sua própria expressão de fé.

O Celibato oficial surgiu com o acumulo de “posses” materiais que as diversas igrejas e templos que ao longo dos anos ganhava espaço e terra de senhores feudais. Como modo de ganhar os céus, os mais ricos doavam seus bens matérias aos sarcedotes.

Muitos desses sacerdotes se tornavam ricos e poderosos. Portanto o santo poder estava enraizado não tão somente pela fé, mas também pelo dinheiro e pelo que ele comprava.

A igreja crescia e aumentava seus territórios pelo mundo. Mas, os sacerdotes abusavam dessas riquezas com gastos inapropriados e alguns até enfrentavam escândalos iguais os de hoje. Basta você ler sobre as cruzadas que nada mais é que saquear grandes cidades, seqüestrar bens e obras artísticas. Israel foi tomada á força pela igreja rica que patrocinava com seu dinheiro grande ataques. Os cruzados era uma horda financiada pelo Papa.

O medo cresceu na igreja, principalmente pelos prejuízos decorrentes de apelos nos tribunais de vários países para pagamento de direito de herança de familiares de sacerdotes descontentes com o pouco ou nenhum dinheiro recebido pela graça de encaminhar os filhos ao clero.

Tudo isso culminou em debates terríveis dentro da igreja até que no concílio de Trento que se realizou entre 1545-1563 foi se discutido e colocado com “oficial” o voto de pobreza e abstinência sexual.

A lei acabou por se impor no Ocidente nunca se prolongando até ao Oriente, onde existem padres católicos que não são celibatários e são, no entanto, aceitos pela Igreja, ficando o celibato obrigatório apenas para o episcopado, isto é na Igreja Católica de rito oriental somente podem ser sagrados bispos os sacerdotes celibatários. O Direito Canônico impõe o celibato a todos os sacerdotes da Igreja Latina (C. 277).

Há várias exceções de sacerdotes casados na Igreja Latina, houve alguns papas casados (Adriano II, Honório IV), bispos casados (na diocese da Islândia até a Reforma, o bispo Salomão Barbosa Ferraz no Brasil) e vários padres casados ordenados nos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Reino Unido e Escandinávia, sob autorização especial.

O que ocorre hoje com tamanhos escândalos?

No meu ver não existe problema o padre necessitar do sexo. O que não se entende é que existe uma desordem geral na ascensão dos seminaristas ao sacerdócio. Como se recebe este jovem? Qual o aspecto que é visto para a indicação do dom eclesiástico dele.

Por que há tantos crimes sexuais praticados pelos sacerdotes? Veja bem, não é só o aspecto sexual-homossexual do homem que quer ser sacerdote. Tem a ligação pedofiliana do mesmo com os jovens. Pior, tem uma ligação pedofiliana e pederástica do mesmo.

Ele não descumpriu tão somente seu voto de abstinência sexual, ele descumpriu seu voto de pobreza também. Por que cede ou busca ceder do subjugado o ato sexual através de objetos de posse ou dinheiro.

Podemos destacar nesses atos, três crimes graves:

Pedofilia – por que tange o aspecto menor do subjugado;

Pederastia – por que tange uma preferência sexual por pessoas de mesmo sexo, desde que sejam jovens ou ninfos;

Estupro – por que força uma situação não consensual do subjugado.

Em conversa com amigos, sempre cito que no passado o nordeste era cheio de filhos do padre. Brincadeiras a parte. Esta alusão é bem vinda. Que sejam os padres mulherengos! Prefiro os assim a estupradores.

A igreja não tem por que proibir o ingresso de homossexuais em seus templos. Nem tem hoje papel de exigir celibato. O voto de pobreza eu acho que seja saudável. Tira do padre ou do Bispo o poder material e o deixa com o encargo de ser o servo apenas da fé em Deus.

O celibato deverá ser revisto como forma de garantir conforto as famílias. Se o sarcedote é gay, que seja declarado para todos. Se é hetero? Que seja casado ou enamorado na presença de todos. Esta hipocrisia é casa de vespa. Nunca sabemos de onde vem o ferrão que vai nos ferroar!

Nenhum comentário:

Postar um comentário