sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cada país tem o político que merece

Caso Bolsonero

Abre Aspas:

Os filhos do deputado federal Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro e o deputado estadual Flávio Bolsonaro, defenderam que o pai não pode ser considerado um homem preconceituoso. Bolsonaro causou polêmica ao conceder uma entrevista dizendo que seus filhos não correm o risco de namorar uma mulher negra ou virarem gays, porque "foram muito bem educados".

“Ele tem uma opinião que é polêmica, que vai contra o politicamente correto e que tem que ser respeitada. (...) O que a família Bolsonaro faz nada mais é do que valorizar conceitos e valores da família, valores éticos, valores morais e certamente isso incomoda muita gente”, afirmou Flávio.

A entrevista de Jair Bolsonaro foi veiculada na última segunda (28) no programa CQC, da TV Bandeirantes. Nela, espectadores fizeram perguntas sobre temas variados. Em uma das perguntas, a cantora Preta Gil questionou o que o deputado federal faria caso um filho seu se apaixonasse por uma negra. Em sua resposta, Jair Bolsonaro disse que não iria discutir promiscuidades e insinuou que a cantora vivia em ambientes promíscuos.

“A gente não está aqui para julgar ninguém. A Preta Gil faz o que quiser da vida dela. Agora, ela não pode querer achar que ela é um exemplo de moralidade para quem quer que seja”, comentou Flávio sobre a polêmica. - Fecha Aspas.

Após este valoroso comentário do Filho do deputado homofóbico ( porque eu penso que ele seja, é meu direito pensar assim). Vamos às questões fundamentais para meu argumento.:

a) Quantos votaram nele na sua última campanha?

b) Quais foram seus projetos relacionados com preconceito e camadas mais pobres?

c) Essas questões que ele defende, como sendo “ conceitos e valores da família” foram levantadas pelos seus eleitores / adversários?

d) Saiu isso no programa do partido?

Porque se não saiu que ele defendia, cabe aqui entrar com uma representação pedindo seu afastamento imediato do cargo. Quebra de decoro parlamentar é o mínimo contra este político.

Eu falo de político, pois quero separar o cidadão Bolsonero do deputado federal. Ao cidadão cabe a ele: decidir quem deve ou não fazer parte de seu meio social, familiar ou sentimental. Bem como, seus filhos também, devem ter o mesmo direito.

Agora o político não tem esse direito de julgar as classes “ diferentes” como gays, lésbicas, simpatizantes; ou raças negras, asiáticas, brancas, vermelhas, roxas ou quem quer que seja.

Pense comigo: Como é que você cidadão pode ser sentir confortável com alguém com tamanho grau de preconceito, e que tem poderes para decidir quem tem direito ou não sobre determina verba ou projetos que visa melhorar a vida de poucos?

Meus amigos do chat dizem que como ele tem mais 100 no congresso. E daí? Vamos nos calar por isso? Então que apareçam os 100 falando também. Vamos descascar os caras. Ficar calado é que não dá.

Só me meti, porque vi o filho dele defendendo os argumentos do pai.

Eu penso que cada um tem direito de não aceitar um negro ou gay na sua família, mas daí culpar o meio ou a educação dos pais das pessoas, por serem de cor escura ou serem gays. È o mesmo de dizer que a culpa foi da Lei Áurea que aboliu a escravidão.

Fica implícito por parte do deputado que precisamos no manter separados dessa “ gente”, se quisermos estar inseridos no contexto: “ valores familiares” ( vai se ferrar!).

Ouvi argumentos dos queridos colegas do blog, que o Bolsonero tem emitido opinião igual há pelo menos 20 anos de sua carreira política.

Citos algumas: ( pesquisada: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jair_Bolsonaro)

Abre Aspas:

Em 2000, Jair Bolsonaro defendeu, numa entrevista à revista IstoÉ, a utilização da tortura em casos de tráfico de droga e seqüestro e a execução sumária em casos de crime premeditado[4].

Em 11 de novembro de 2003, Bolsonaro discutiu com a deputada Maria do Rosário, do Partido dos Trabalhadores, sob as lentes das emissoras de televisão que gravavam uma entrevista com o deputado no Congresso Nacional. Na ocasião, Bolsonaro afirmou que os menores de 16 anos deveriam ser penalmente imputáveis, ao que a deputada reagiu contrariamente. Bolsonaro, então, teria dito a deputada que chamasse o marginal Champinha (ver Caso Liana Friedenbach e Felipe Caffé) para ser motorista da sua filha pequena. A discussão resultou em ofensas pessoais, com Rosário chamando-o de "desesquilibrado" e "estuprador", e ele respondendo a ofensa chamando-a de "vagabunda". Rosário, revoltada, saiu chorando do local. Pouco tempo depois, o Partido dos Trabalhadores representou contra o deputado em razão do ocorrido. [5].

Já fez duras críticas tanto ao Governo Lula como de Fernando Henrique Cardoso, cujo fuzilamento defendeu em sessão da Câmara.[6].

Em 2006, como forma de protesto contra a formulação de políticas de cotas raciais nas universidades públicas, o deputado apresentou um projeto de leicomplementar na Câmara dos Deputados, propondo o estabelecimento de cotas para deputados negros e pardos. Bolsonaro admitiu em seguida que, se o projeto fosse à votação, seria contra ele.[7]

Em 2008, foi o único deputado do Rio de Janeiro a votar contra o projeto de lei para ampliar o uso de armas não-letais, justificando que esse tipo de recurso já é utilizado[8].

Também ganhou notoriedade pelos comentários críticos à política indígena do Governo Federal, em um de seus pronunciamentos em uma audiência na Câmara dos Deputados, que tratava sobre a questão indígena em Roraima.

Sentido-se constrangido e ofendido com os comentários do parlamentar sobre o ministro da Justiça Tarso Genro, uma das lideranças do sateré-maués presentes na audiência pública chegou até mesmo a atirar um copo de água em sua direção.[9]. Após o episódio, Bolsonaro fez a seguinte declaração:

É um índio que está a soldo aqui em Brasília, veio de avião, vai agora comer uma costelinha de porco, tomar um chope, provavelmente um uísque, e quem sabe telefonar para alguém para a noite sua ser mais agradável. Esse é o índio que vem falar aqui de reserva indígena. Ele devia ir comer um capim ali fora para manter as suas origens[10].

Em 2010 novamente se envolve em polêmicas ao declarar ser a favor de dar surras em crianças e adolescentes que tenham tendências homossexuais, se arvorando como defensor da família tradicional. Fez ainda diversos pronunciamentos contra o reconhecimento das uniões LGBTT.

Em entrevista ao programa CQC, Bolsonaro esclareceu suas visões políticas e sociais. Ele relatou que se espelha no governo ditatorial militar e que sente saudades dos presidentes Médici, Geisel e Figueiredo, todos governantes do regime. Também se posicionou a favor do possível desenvolvimento de uma bomba atômica no país. Ele se manifestou dizendo que "daria uma porrada", caso visse o seu filho fumando maconha. Sobre a questão da homossexualidade se posicionou contra os movimentos que fazem "apologia" a homossexualidade e bissexualidade. Disse que com "boa educação com um pai presente", "não corre o risco" de se tornarhomossexual. Ele também disse que desfiles gays são "promoção de maus costumes". Ao ser perguntado pela cantora Preta Gil sobre o que faria se seu filho caso apaixonasse por uma garota negra, Bolsonaro disse que "não discutiria promiscuidade" e que "não corre esse risco porque seus filhos foram muito bem educados", uma das declarações que mais causou polêmica na entrevista.[11]No dia seguinte, ele afirmou que a resposta a Preta Gil havia sido um "mal entendido".[12] A cantora disse que entrará com uma ação no Ministério Público contra Bolsonaro por homofobia e preconceito racial[13] A OAB-RJ anunciou que encaminhará pedido de cassação do mandato de Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar, justificando que as declarações do deputado do Partido Progressista são "inaceitavelmente ofensivas pois têm um cunho racista e homofóbico, incompatível com as melhores tradições parlamentares brasileiras".[14] Na quarta-feira seguinte ao programa, Bolsonaro declarou que "está se lixando para esse pessoal", referindo-se a movimentos homossexuais.[15] Em resposta aos protestos contra Bolsonaro, seus filhos justificaram dizendo que a última declaração dada na entrevista, em que classificou o namoro inter-racial como uma "promiscuidade", pode ter sido mal interpretada por um erro na edição feita pelo programa.[16] Eles também disseram, tentando defender as declarações contra homossexualidade na família, que ser homossexual não é o "normal", que apenas uma minoria tem esse posicionamento e que a maioria dos brasileiros pensa como Jair Bolsonaro, defendendo a integridade da família e a segurança.[16] O próprio Bolsonaro justificou-se alegando que pensou que a pergunta fosse sobre o relacionamento de seu filho com um homossexual.[17]

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Ele entende que a homossexualidade é fruto do meio onde a pessoa convive. E nós não convivemos. Nós, graças a Deus, convivemos no meio familiar. Não convivemos em meios tão badalados, como alguns artistas gostam de frequentar. Essa é a posição dele, ele não está querendo se referir ao homossexualismo como uma doença.

Fecha Aspas

Será que os eleitores cariocas e sua totalidade de 120 mil votos, são todos pensantes como ele? São da causa?

O eleitor carioca tem todo direito de votar no político que quiser para sua representatividade.

Muito embora esse blog seja quase insignificante, onde minha voz ou minha caneta seja inexpressiva ao mundo da Internet e de milhares de blogs que existem nessa vida. Se eu me calar, e todos pensarem que esta correto, aceitar políticos com tamanho grau de comprometimento próprio, na próxima vez será com os Nordestinos. Depois com os favelados, depois com os carecas, gordos, magros e por ai vai numa infinidade de pré-julgamentos sem procedente na história política.

Não podemos concordar em aceitar que uma pessoa pública e que percebe seus numerários, através do suado trabalho de: ricos, pobres, negros, gays e outros. Possa estar à frente de projetos que visam uma melhora de determinada classe desprestigiada no momento social-econômico.

Como dormir sossegado, quando um homem com seus pré-julgamentos convictos, pode através de uma canetada, mandar um negro pra cadeia ou um gay, numa determinada situação que esteja um rico-branco-hetero presente, sendo julgados pelo mesmo crime de forma imparcial?

Cabe a sociedade banir, ou mesmo apontar para que possamos avaliar se é merecedor ou não de nossa representatividade.

Devemos confiar que em determinadas áreas da vida publica, que os homens públicos, sejam no mínimo coerentes e parciais para com toda questão social e racial. Não se pode pensar menos, aceitar menos, entender menos que isso.

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