sexta-feira, 8 de março de 2013

Alguns motivos para nunca mais gostar de esportes

Não quero desacreditar gerações e nem tripudiar de pobres mortais que não terão a honra de ver tudo o que vi, mas venho apresentar aqui nesse post algumas razões para que o esporte deixe finalmente de ser acompanhado. Quero começar pelo vídeo da vitória de Ayrton Senna em Interlagos no ano de 1993:



Pouco provável que essa cena seja vista novamente na Fórmula 1. O público invade o autódromo para carregar seu ídolo nos braços, algo inimaginável nos dias de hoje, onde a cena maior de euforia numa corrida de Fórmula 1 é ouvir o rádio do piloto e mostrar a sua namorada do momento na TV após a bandeirada.

Para não ficarmos só na Fórmula 1, que para muitos nunca foi esporte, hoje então, nem se discute mais isso. 
No futebol, houve um tempo em que Garrincha driblava pra trás, deixava todos sentados no chão, e era motivo de alegria e esportividade. Hoje, quando isso acontece, o pau quebra e a partida não termina.

Bons eram os tempos em que o Maracanã dava mais de 150 mil pessoas, e a única divisória que existia entre as torcidas era a das camisas no campo visual aéreo.

Sinto saudade dos tempos em que o Fluminense era só um time simpático do Rio de Janeiro,  o Santos era de Pelé, os curintia não tinha Libertadores, o Manchester City era o primo pobre do United, o Chelsea era um modesto time do interior de Londres, o Quatar e a Rússia jamais sonhariam em sediar uma Copa do Mundo, a Espanha era a fúria mansa.

Hoje somos obrigados a ouvir o pai e empresário do jogador Marcelo Moreno dizer que seu filho não vai jogar no Palmeiras ou no Flamengo porque são clubes fracassados. O esporte acabou. ainda ressuscitando a Fórmula 1, recentemente teve piloto que foi demitido da equipe, na qual havia sido contratado porque não trouxe o dinheiro dos patrocinadores, conforme o prometido.

A Copa do Mundo no Brasil vai ser jogada em Cuiabá, Manaus, Brasília e Rio Grande do Norte, e a próxima será no Quatar.

Pra piorar, só falta descobrirem que a seleção brasileira, que torcemos tanto em Copas, pontos facultativos no serviço público, férias escolares, para que? para ver jogadores que estão fazendo parte da seleção porque pagaram lobistas. Ai será o fim.

Até coisas históricas que a CONMEBOL ainda mantêm no futebol, já tradicionais na Libertadores, cobrar escanteio com a proteção de escudos, cartões que valem dinheiro etc, agora estão ameaçados, porque, pasmem os senhores, está até morrendo gente.

O esporte virou empresa, e o torcedor virou consumidor. Igual em lutas de MMA, onde se tirou a magia do público japonês, adoradores de samurais, por um público de bêbados, que está ali para beber Budweiser e ver um pouco de porrada.

Definitivamente, estão matando nossas paixões.
Luto pelo esporte!

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