sexta-feira, 13 de novembro de 2009

BESOURO - Crítica por Oliver

“Mestre do clã é assassinado e discípulo se vingará, nem que isso custe sua vida”. Esta sinopse você já viu em 9 dos 8 filmes de ação dos anos 80 e 90 e que ainda continua a pipocar nos filmes asiáticos. Mas como colocar essa premissa em um filme de ação brasileiro?
O premiadíssimo diretor de comercial de TV “Daniel sobrenome de Vodka” resolveu apostar no estilo e criou um conto que supostamente é lenda real nas rodas de capoeira em Salvador: Besouro, um negro mestre em Capoeira de linhagem escrava que defendeu seu povo contra os coronéis que teimavam em continuar o regime escravista.

Até que a temática seria convincente não fosse a trama filmada de forma equivocada. Confesso que tive uma grande curiosidade quando vi o trailer na primeira vez, mas me decepcionei ao ver o resultado final. Vamos ao que interessa.

O filme, que começa em narração “off” pelo Milton Gonçalves pra dar o clima do que vem pela frente fica só na promessa, o que se segue é uma montagem de cenas em ordem aleatória, e não em sequência, como vemos em várias narrativas desse tipo, o resultado final é um filme confuso, sem um ponto central (uma prova de como é ruim um trabalho de montagem de uma longa-metragem).

Nessa salada mista vemos um triângulo amoroso, uns personagens do candomblé, viagens da câmera como se fosse uma visão de um sapo e de um besouro (hã?), piadas racistas desnecessárias e diálogos com no máximo 6 palavras de cada personagem (desculpem-me o tom, mas ô time de pseudo atores ruins da porra!).

E as lutas com deslumbrante espetáculo visual coreografado pelo cara que fez o Matrix? Hahaha... Tudo o que você viu no trailer é o número de cenas de luta que o filme oferece, ao todo tem aí uns 3 minutos.

É, não foi desta vez que vi um filme “blockbuster” brasileiro com o mínimo de cenas desejadas de um filme de ação que preste.

Estarei esperando ansiosamente esse dia chegar...

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