De óculos… me parece alguém.
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Fui suspenso 30 dias pelo Facebook

Quando você usuário entra para a rede social do Facebook, você concorda com alguns termos que ao nosso ver são incoerentes com a finalidade de uma rede social. Ao longo desta matéria cretina destrincharemos uma série de termos que comprovam a nossa alegação.
O primeiro absurdo surge logo de imediato quando você visualiza o layout de sua página e localiza a ferramenta disponibilizada pelo próprio serviço do Facebook para que você possa localizar seus amigos, através de suas contas de emails.
O grande problema é que quando você localiza todos, ao adicionar em massa todos os seus amigos encontrados, isso gera uma lista de convites pendentes, que se não imediatamente aceitos, geram uma suspensão inicial. Como pode uma ferramenta ser posta a disponibilidade do usuário e contrariar termos de uso do Facebook?
As suspensões são das mais variadas, que podem ir de 4 a 7 dias inicialmente, e depois passando de 14 dias a até 30 dias, o que vem depois disso eu não sei, pois ainda não passei por essa experiência, mas quando passar relatarei aqui.
O Facebook também lhe sugere contatos que eventualmente você conheça, que ao serem adicionados também vão ficando pendentes até que, sem mais nem menos, vem o veredicto: "você está suspenso por ter adicionado pessoas que você não conhece". O problema é que eu conheço as pessoas, e mesmo que não as conhecesse, eu estou em uma rede social, cuja finalidade é justamente interagir com outras pessoas, conhecidas ou por conhecer.
O Facebook ainda mostra uma falha grave em seus serviços que é não dispor de uma ferramenta que possibilite ao usuário do serviço tomar conhecimento de quantos convites pendentes ele possui, e, é claro, que esta ferramenta já foi devidamente suprida pelos usuários-desenvolvedores que criaram uma ferramenta específica para essa finalidade e outras.
Apesar de ser o melhor serviço já oferecido até hoje em termos de redes sociais, o Facebook ainda precisa evoluir em suas ferramentas. Logicamente que essas suspensões são feitas por um computador, uma engine inteligente que, através de dados pré-programados, quando preenchidos os requisitos pelo usurário em contrariedade aos termos de uso, geram suspensão.
O critério também não é muito bem esclarecido, uma vez que existem perfis que possuem o limite de 5 mil contatos, que acredito ser impossível se chegar a esse número com as repetidas suspensões.
Em suma, queria deixar registrado o meu protesto e repudio as repetidas e injustas suspensões que venho sofrendo do Facebook. Tinha acabado de cumprir uma suspensão de 14 dias, e menos de 2 dias depois, foi acometido com uma suspensão de 30 dias, totalizando 44 dias de suspensão.
Com tudo isso, há de se questionar a finalidade da rede social do Facebook, e se fazer ajustes ainda.
sábado, 4 de fevereiro de 2012
O tempo
Esses últimos dias para mim foram
só de alegrias. Foram um daqueles períodos de nossas vidas no qual nós
conseguimos juntar num só momento todos aqueles que amamos. Família unida,
vivendo um tempo de alegria.
Depois de passar alguns dias
assim, foi que descobri o nosso verdadeiro inimigo, e ao mesmo tempo o nosso
melhor amigo. O tempo.
O tempo é o nosso melhor
amigo, é a solução para muitos dos nossos problemas. Quem nunca ouviu a celebre
frase “dê tempo ao tempo”?, Ele funciona como uma farmácia, onde encontramos remédio
para a cura de muitos dos nossos males.
O tempo é o nosso melhor
amigo, pois é ele quem nossa congratula com a grata possibilidade de passarmos
momentos com quem mais amamos. Quem nunca disse a frase “Vou passar uns tempos”
em algum lugar?
É como se ele funcionasse
como solução para nossas vidas, nos trouxesse coisas agradáveis, ou para nos
livrar das coisas desagradáveis. O tempo nos proporciona momentos dos quais
precisamos na vida para termos do que recordar e parafraseá-lo novamente um dia,
dizendo “como eram bons aqueles tempos”.
Mas o tempo também é o nosso
pior inimigo, porque ele é implacável como nosso corpo, nossa saúde, nossa
mente, e com o seu passar, tira de nós aqueles que mais amamos.
O tempo é uma antítese de
alegria e de tristeza, que nos traz aqueles que amamos para perto de nós, e nos
tira sem que o percebesse passar, pois como diria Cazuza, o tempo não para.
Te f*%e aí gostosão
Esse video é uma demonstração de que se mostrar na frente das gatinhas na saída do colégio pode ser um tiro pela culatra.
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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Felipe Mello: "O tolo"
Depois de ser o protagonista principal do fracasso da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2010 na África do Sul, e após alguns atos de pura arrogância, como o famoso telefonema do PVC, Felipe Melo reaparece no "fabuloso" futebol da Turquia, e deu uma entrevista para o Portal de notícias do IG, dizendo ter evoluído como jogador e amadurecido como pessoa.
Nós, da Perguntas Intrigantes - Livre passaremos a reproduzir trechos da entrevista e fazer comentários cretinos sobre o que ele disse, para que fique bem claro que o verdadeiro sábio aprende com os erros dos outros, e o tolo não aprende nem com os próprios erros.
Então você pensa em voltar à Juventus após o empréstimo?
Felipe Melo: Não, na Juventus eu não jogo mais. Nas duas temporadas que fiquei na Juventus, não cumprimos nossos objetivos. Ficamos de fora até mesmo da Liga dos Campeões. Foi vergonhoso. Mas se a Juventus for campeã nesse ano, vou me sentir parte da conquista também.
Comentário: Ele fez parte do time que fez a pior campanha da "Velha Senhora" nos últimos 40 anos. Mas, acredita que terá contribuído com algo, caso a Juventus seja campeã italiana esse ano.
Há quem julgue que o Campeonato Italiano está em decadência. Você concorda?
Felipe Melo: O campeonato italiano não tem mais o mesmo glamour de outros tempos. A Juventus caiu para a segunda divisão por conta daquele escândalo e só agora está conseguindo voltar a ser competitiva. Além disso, tem campo que parece gramado de várzea. Fui feliz na Itália, cresci muito na Juventus. Mas o futebol italiano precisa melhorar.
Comentário: O futebol italiano realmente não é mais o mesmo, a começar por ele ter ido parar lá. Mas, parece dar sinais de vida com a sua saída. Pra se ter ideia, o volante da Juventus agora é Adreas Pirlo. Pra você que não conhece de futebol, é mais ou menos como trocar de Uno pra Mercedes.
iG: O São Paulo é o seu destino favorito quando você voltar?
Felipe Melo: Fiquei feliz com o respeito com que o São Paulo me tratou, mas não fecho as portas para nenhum clube brasileiro, a não ser no Rio. Nunca jogaria no Vasco, no Fluminense ou no Botafogo porque sou flamenguista.
Comentário:"Eu sou flamenguista", Isso explica muita coisa!
iG: Você sonha retornar à seleção brasileira?
Felipe Melo: A seleção brasileira não é mais um sonho pra mim, é uma realidade, e eu trabalho para voltar. Eu só vou acreditar que não tenho mais chances quando o Mano falar abertamente que não conta comigo. Aí eu paro de acreditar. Enquanto isso não acontece, eu trabalho para voltar.
Felipe Melo: A seleção brasileira não é mais um sonho pra mim, é uma realidade, e eu trabalho para voltar. Eu só vou acreditar que não tenho mais chances quando o Mano falar abertamente que não conta comigo. Aí eu paro de acreditar. Enquanto isso não acontece, eu trabalho para voltar.
Comentário: Sim, isso é uma ameaça!
iG: Seria um Felipe Melo diferente em relação ao de 2010?
Felipe Melo: Hoje, sou muito mais seguro e maduro. Mas na Copa não deixei a desejar dentro de campo. Eu vejo alguns vídeos de desarmes e roubos de bola meus e fico feliz com o que fiz. No jogo contra a Coreia do Norte, a jogada do gol começou comigo. Contra a Costa do Marfim, a mesma coisa. O passe para o Robinho fazer aquele gol na Holanda foi meu. Se eu não sou expulso naquele jogo e a gente ganha, era capaz de me colocarem como o melhor em campo.
Comentário: Só faltou falar que agora ele defende feito um para-raio e ataca como uma flecha. Essa entrevista deveria ser publicada em uma edição de humor.
Felipe Melo: Hoje, sou muito mais seguro e maduro. Mas na Copa não deixei a desejar dentro de campo. Eu vejo alguns vídeos de desarmes e roubos de bola meus e fico feliz com o que fiz. No jogo contra a Coreia do Norte, a jogada do gol começou comigo. Contra a Costa do Marfim, a mesma coisa. O passe para o Robinho fazer aquele gol na Holanda foi meu. Se eu não sou expulso naquele jogo e a gente ganha, era capaz de me colocarem como o melhor em campo.
Comentário: Só faltou falar que agora ele defende feito um para-raio e ataca como uma flecha. Essa entrevista deveria ser publicada em uma edição de humor.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
SOPA e PIPA
"A razão pela qual eles estão sempre reclamando dos “piratas” hoje é simples. Nós fizemos o que eles fizeram. Nós driblamos as regras que eles criaram e criamos as nossas próprias."
Em nota Pirate Bay conta um pouco da história de Hollywood e dá verdadeiro significado aos projetos SOPA e PIPA. A nota na íntegra e traduzida para nós monoglotas é apresentada abaixo.
INTERNETS, 18 de janeiro de 2012
Há mais de um século, Thomas Edison conseguiu a patente para um aparelho que faria “para o olho o que o fonógrafo fez para o ouvido”. Ele o chamou de cinetoscópio [Kinetoscope]. Edison não foi apenas o primeiro a gravar vídeo, mas foi também a primeira pessoa a ser dono do copyright de um filme cinematográfico.
Por causa das patentes de Edison para filmes cinematográficos, quase foi financeiramente impossível criar filmes de cinema na costa oeste norte-americana. Os estúdios de cinema, assim, mudaram para a Califórnia e fundaram o que hoje chamamos de Hollywood. A principal razão é que ali não haviam patentes.
Não havia também nada de copyright, então os estúdios podiam copiar velhas histórias e fazer filmes a partir delas – como Fantasia, um dos maiores hits da história da Disney.
Portanto, toda a base dessa indústria, que está hoje aos gritos sobre perda de controle sobre direitos não-materiais, é que eles driblaram direitos não-materiais. Eles copiaram (ou, de acordo com sua terminologia,”roubaram”) as obras criativas de outras pessoas sem pagar por isso. Eles o fizeram para obter grandes lucros. Hoje, eles são todos bem-sucedidos e a maior parte dos estúdios está na lista da Fortune das 500 empresas mais ricas do mundo. Parabéns – está tudo baseado em ser capaz de reutilizar criações de outras pessoas. E hoje eles detém os direitos das criações de outras pessoas. Se você quer lançar alguma coisa, você tem que seguir as regras deles. As regras que eles criaram depois de driblar as regras de outras pessoas.
A razão pela qual eles estão sempre reclamando dos “piratas” hoje é simples. Nós fizemos o que eles fizeram. Nós driblamos as regras que eles criaram e criamos as nossas próprias. Nós esmagamos o seu monopólio ao dar às pessoas algo mais eficiente. Nós permitimos que as pessoas tenham comunicação direta entre si, driblando o intermediário lucrativo, que em alguns casos levar mais que 107% dos lucros (sim, você paga para trabalhar para eles).
Tudo se baseia no fato de que representamos competição.
Provamos que a forma atual como existem não é mais necessária. Somos simplesmente do que eles são.
E a parte engraçada é que as nossas regras são muito similares às ideias que fundaram os EUA. Lutamos pela liberdade de expressão. Enxergamos as pessoas como iguais. Acreditamos que o público, não a elite, deveria governar a nação. Acreditamos que leis deveriam ser criadas para servir o público, não corporações ricas.
O Pirate Bay é uma comunidade verdadeiramente interacional. Nossa equipe está espalhada por todo o globo – mas ficamos fora dos EUA. Temos raízes suecas e um amigo sueco nos disse isso:
A palavra SOPA significa “lixo” em sueco. A palavra PIPA significa “um cano” em sueco. É claro que isso não é coincidência. Eles querem tornar a internet um cano de mão única. Eles por cima empurrando lixo cano abaixo para o resto de nós, consumidores obedientes.
A opinião pública nesse assunto é clara. Pergunte a qualquer um na rua e você vai descobrir que ninguém quer ser alimentado com lixo. Por que o governo americano quer que o povo americano seja alimentado com lixo foge à nossa compreensão, mas esperamos que você o impeça, antes que afoguemos todos.
A Sopa não pode fazer nada para brecar o Pirate Bay. Na pior das hipóteses, mudaremos o domínio principal: do atual .org para uma das centenas de nomes que também já usamos. Em países onde estamos bloqueados (os nomes China e Arábia Saudita são os primeiros que vêm à cabeça), eles bloqueiam centenas de nomes de domínios nossos. E adianta? Não muito.
Para consertar o “problema da pirataria” deveria se ir à raiz do problema. A indústria do entretenimento diz que eles estão criando “cultura”, mas o que eles realmente fazem é vender coisas como bonecas caríssimas e fazer meninas de 11 anos se tornar anoréxicas. Seja de trabalhar nas fábricas que criam as bonecas por praticamente salário nenhum, seja por assistir filmes e programas de TV que as fazem pensar que são gordas.
No grande jogo de computador de Sid Meiers, Civilization, você pode construir maravilhas do mundo. Um dos mais poderosos é Hollywood. Com ele, você controla toda a cultura e mídia do mundo. Rupert Murdoch ficou feliz com MySpace e não via problemas com sua própria pirataria até seu fracasso. Agora ele reclama que o Google é a maior fonte de pirataria do mundo — porque ele está com ciúmes. Ele deseja manter seu controle mental sobre as pessoas e está claro que você consegue um visão mais honesta das coisas na Wikipedia e no Google do que na Fox News.
Alguns dos fatos (anos, datas) nesse texto estão provavelmente erradas. O motivo é que não podemos acessar essas informações quando a Wikipedia está fora do ar. Por causa da pressão de nossos rivais decadentes. Pedimos desculpas por isso.
—THE PIRATE BAY, (K)2012
fonte : Estadão
sábado, 28 de janeiro de 2012
Na F1 manda quem pode...
Ontem no Jornal Nacional em meio a tantas matérias sobre os desabamentos no Rio de Janeiro, surgiu uma notícia tão estarrecedora quanto, quando anunciaram que Rubens Barrichello, aos 40 anos de idade, ainda pretende figurar na Fórmula 1 neste ano de 2012.
Quando se tratou da mesma notícia, só que com o piloto alemão Michael Schumacher, logo vieram os críticos dizerem que ele iria correr com o nome, que não teria mais condições de correr como heptacampeão mundial de Fórmula 1.
De fato, isso aconteceu com o Schumacher. Mas, e quanto ao Rubinho? não dar pra dizer que ele está "correndo com o nome" porque ele não tem nome na categoria. Nunca ganhou coisa alguma, e nunca foi considerado um piloto de ponta na F1. Eis, então, que vem a tona uma outra modalidade de poder na F1, o poder econômico.
há alguns anos, pilotos de F1 só são aceitos na categoria se trouxerem consigo uma gama de patrocinadores e investidores, transformando a categoria num verdadeiro jogo de interesse financeiro.
Há muito que não precisa-se de tanto talento assim para pilotar um carro de F1, desconfio até que isso tenha sido provocado pelas próprias equipes, afim de atrair investidor, ao invés de pilotos. Talvez por esta razão, os pilotos são mais valorizados do que os carros em si.
Isso explica muita coisa. A F1 deixou de ser uma competição automobilística e passou a ser um evento do tipo SPFW, com desfiles de carros e suas marcas estampadas. Essa é a vantagem do Rubinho sobre os mais novos. Seus 20 anos de F1 lhe renderam alguns conhecidos que investem nele para que ele permaneça. Não importa se corre em primeiro ou em último, o importante é está no desfile.
Quando se tratou da mesma notícia, só que com o piloto alemão Michael Schumacher, logo vieram os críticos dizerem que ele iria correr com o nome, que não teria mais condições de correr como heptacampeão mundial de Fórmula 1.
De fato, isso aconteceu com o Schumacher. Mas, e quanto ao Rubinho? não dar pra dizer que ele está "correndo com o nome" porque ele não tem nome na categoria. Nunca ganhou coisa alguma, e nunca foi considerado um piloto de ponta na F1. Eis, então, que vem a tona uma outra modalidade de poder na F1, o poder econômico.
há alguns anos, pilotos de F1 só são aceitos na categoria se trouxerem consigo uma gama de patrocinadores e investidores, transformando a categoria num verdadeiro jogo de interesse financeiro.
Há muito que não precisa-se de tanto talento assim para pilotar um carro de F1, desconfio até que isso tenha sido provocado pelas próprias equipes, afim de atrair investidor, ao invés de pilotos. Talvez por esta razão, os pilotos são mais valorizados do que os carros em si.
Isso explica muita coisa. A F1 deixou de ser uma competição automobilística e passou a ser um evento do tipo SPFW, com desfiles de carros e suas marcas estampadas. Essa é a vantagem do Rubinho sobre os mais novos. Seus 20 anos de F1 lhe renderam alguns conhecidos que investem nele para que ele permaneça. Não importa se corre em primeiro ou em último, o importante é está no desfile.
Se para muitos F1 não é esporte, acredito que diante dos escândalos políticos, econômicos e esportivos dos últimos 10 anos fizeram essa crença se tornar ainda mais realidade.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Homenagem do Glee ao Michael Jackson
O seriado Glee é famoso por fazer homenagens a grandes músicas com um visual e formato diferentes dos originais. Alguns ficam até melhores que a performance dos artistas que gravaram pela primeira vez. Outros ficam… Confira o video:
Eu achei uma bosta! Na verdade uma heresia colocar um emo pra fazer um clone do rei do pop.
Enquanto não fazem uma homenagem decente ao MJ assista uma performance do ícone clicando aqui.
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
"Fingi ser gari por 8 anos, e vivi como um ser invisível"
Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado sob esse critério, vira mera sombra social.
O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali, constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa. Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
de sua vida:
'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o pesquisador.
O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes, esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão', diz.
No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse: 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi. Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar comigo, a contar piada, brincar.
O que você sentiu na pele, trabalhando como gari? Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar, não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.
E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou? Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar por mim, podia trocar uma ideia, mas o pessoal passava como se tivesse passando por um poste, uma árvore, um orelhão.
E quando você volta para casa, para seu mundo real? Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, frequento a casa deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador. Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.
Plínio Delphino, Diário de São Paulo.
OBS: Não sabemos ao certo se a história é verídica e nem mesmo de que época se trata. Pelo uso da velha ortografia no texto, acredito que seja old. E provavelmente é fictícia a história, mas de qualquer forma, acredito que corresponda bem a realidade.
Comentário: Esses 8 anos de trabalho do sujeito em questão foram resumidos e apresentados em um vídeo de 30 segundos por Boris Casoy na Band. Conforme já publicado aqui no Perguntas Intrigantes - Livre.
OBS: Não sabemos ao certo se a história é verídica e nem mesmo de que época se trata. Pelo uso da velha ortografia no texto, acredito que seja old. E provavelmente é fictícia a história, mas de qualquer forma, acredito que corresponda bem a realidade.
Comentário: Esses 8 anos de trabalho do sujeito em questão foram resumidos e apresentados em um vídeo de 30 segundos por Boris Casoy na Band. Conforme já publicado aqui no Perguntas Intrigantes - Livre.
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