terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Adivinhando o futuro

jogodecartaCom o final do ano chegando na cara da gente, ficamos todos emocionalmente sensíveis e esperançosos de uma virada milagrosa e nossas vidas. Salvo 3% da população que tem de tudo na vida, o dinheiro para o restante é escasso e infiel ( nos traí todo mês). 

Então os exercícios de futurologia são o que há de melhor pra se apegar no final do ano. Com apoio dos programas de televisão (aproveitadores) da fé dos brasileiros e ouvintes; os "profissionais" das cartas e das bolas de gude gigante, sempre tiram seu salário neste período. Todo tipo de previsão é ofertada, cada qual que te prometa os absurdos que você deseja pagar.

Sou espírita há 15 anos, mas jamais tolerei essa prática. Por sinal muito incomum e extramamente improvável no meio espírita kardecista.  Para qualquer "sensitivo" ousar vender a sorte ou o amor para alguém, seria necessário ele possuir o dom da TRANSFORMAÇÃO, coisa no qual eu duvido que exista nesse mundo. Você pode influenciar uma pessoa a tomar determinados caminhos, mas jamais modificar o destino dela.

Acontece que pra algumas práticas charlatães, existem determinados truques ou técnicas que podem muito bem "impressionar" as pessoas de tal forma que para ela foi " algo" ou alguém que fez para ela.

Na reportagem  da Revista Veja, teve um estudo sério apontando essas técnicas para que o nosso leitor aqui tenha um mínimo de bom senso e estude para quem você anda se abrindo na vida.

Reportagem de capa de Giovana Romani e João Batista Jr., presta um bom serviço ao expor os clichês usados por astrólogos, tarólogos, pais de santo e todo tipo de videntes para faturar pesado com as agruras amorosas de pessoas desesperadas por qualquer ajuda.

E como podem faturar, porque cobram: além das consultas, sete dos dez videntes cobraram valores de R$500 a R$3.000 para trabalhos extras, sem os quais diziam que os clientes sofreriam terrivelmente. “Nos próximos dias, um acidente de carro deixará a pessoa amada em coma”, vaticinou dona Catarina. “Você vai atropelar duas menininhas, e isso pode acabar com a sua vida”, ainda previu. Tragédias que poderiam ser evitadas em 24 horas com um trabalho de R$588.

Além dos relatos impressionantes de exploração de credulidade, a matéria ainda conta com os alertas de psicólogos, incluindo os dez mandamentos da adivinhação indicados por Jayme Roitman e Marcia Cobêro:

OS DEZ MANDAMENTOS DA ADIVINHAÇÃO

1. Faça sempre um raio X da vítima. Aparência, roupas e até o carro em que chegou fornecem pistas sobre sua personalidade.

2. Pergunte quem é, o que faz, onde mora e a data de nascimento no início da consulta, além de procurar saber o que traz a pessoa ali.

3. Tente compreender os anseios do cliente. Isso permite, com o perdão do trocadilho, dar as cartas no jogo e conduzir a conversa. Se desconfia que o marido tem uma amante, por exemplo, confirme.

4. Emita apenas afirmações genéricas. Toda família tem alguém doente, uma ovelha negra, alguém endividado ou desempregado. Um novo amor, obviamente, sempre pode aparecer.

5. Deixe que as perguntas pareçam afirmações.

6. Aproveite dicas oferecidas nas respostas anteriores para formular novas previsões.

7. Preveja fatos que possibilitem diversas interpretações.

8. Transforme erros em acertos. Se ao perguntar se alguém próximo morreu recentemente a resposta for negativa, emende: “Então vai morrer em breve”.

9. Estabeleça prazos.

10. Aposte na casualidade. Acidentes, separações e mortes ocorrem a toda hora.

Veja a matéria toda : Charlatões do amor.

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