terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A mão assassina (Evild Dead)

Quem nasceu na década de 80 viu este filme, quem não nasceu, assista, por favor!

É um clássico do cinema do Terror. Aqui no Brasil chamamos de uma Noite alucinante. Teve mais duas continuações que estragaram o filme, mas até aí tudo bem, não é do filme que quero falar.

O que vamos falar é apenas de uma particularidade do filme, O Ataque da mão diabólica. No filme o ator tem sua mão possuída pelo demônio, e passa boa parte das cenas lutando contra ela... As cenas são hilárias e ao mesmo tempo na época assustadoras.

Uma americana chamada Byrne ficou durante quase 25 anos com a síndrome da mão alheia ou mão assassina ( depende do caráter dela). Você acha engraçado? Não é piada... a verdade é essa mesmo! 

A mão pode ter sua própria consciência e personalidade. A explicação para isso decorre de um fato importante. Os dois hemisférios (esquerdo e direito) em nosso cérebro são separados, mas também dividem juntos uma pequena fibra, chamada de fibra calosa que dá a capacidade da mente de coordenar as duas partes ao mesmo tempo.

Fatalmente um hesmiferio terá um controle maior sobre o outro; assim como é feito com os canhotos que assumem o controle pelo lado esquerdo do corpo. Muita embora exista a maior parte de destros, os canhotos podem adquirir a sua vontade mental.

Byrne sofria desde os 10 anos de epilepsia. Aos 27 anos fez a cirurgia recomendada na época, que seria a separação do corpo caloso; cirurgia que obtinha maior porcentagem de “ cura” para epilépticos.

Acontece que a cirurgia dela era mais radical do que as outras, porque extirpava todo o conjunto de fibras, e não somente um pedaço. Haveria, portanto efeitos colaterais esperados para cada caso.

Os primeiros sintomas estranhos foram nas consultas pós operatório. Byrne foi repreendida pelo médico que havia visto se despir com a mão esquerda na sua frente. Enquanto ela mal notava qualquer coisa. Depois disso, ela passou a ter verdadeiras brigas com a mão esquerda.

Seu lado esquerdo tornou-se totalmente independente da sua vontade. O que o direito fazia normalmente, o esquerdo destruía completamente. Tiveram momentos em que ela fora roubada ou furtada por sua mão esquerda. Quando muito em plena rua não jogava seus pertences fora.

“Ela pensou em até amarrar em seu tronco a danada” disse seu médico.

Luta de poder

O problema de Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça.

O hemisfério esquerdo, que controla o braço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades lingüísticas.

O hemisfério direito, que controla o braço e a perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento de padrões.

Normalmente o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos.

A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com o corte do corpo caloso.

Após a recuperação, os pacientes pareciam normais. Mas nos círculos psicológicos eles se tornaram lendas.

Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo, algo que parece incrível – que as duas metades do nosso cérebro têm cada um uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua própria vontade independente.

Experiências

O homem que fez muitas das experiências que primeiro provaram essa tese foi o neurobiólogo Roger Sperry.

Em um estudo particularmente notável, que ele filmou, é possível ver um dos pacientes com o cérebro dividido tentando resolver um quebra-cabeças.

O quebra-cabeça exigia o rearranjo de blocos para que eles correspondessem a padrões em uma imagem.

Primeiro o homem tentou resolver o quebra-cabeças com sua mão esquerda (controlada pelo hemisfério direito), com bastante sucesso.

Então Sperry pediu ao paciente que usasse sua mão direita (controlada pelo hemisfério esquerdo). Essa mão claramente não tinha nenhuma idéia de como fazê-lo.

A mão esquerda então tentou ajudar, mas a mão direita parecia não querer ajuda então elas terminaram brigando como se fossem duas crianças.

Experiências como essa levaram Sperry a concluir que “cada hemisfério é um sistema de consciência isolado, percebendo, pensando, lembrando, raciocinando, querendo e se emocionando”.

Em 1981 Sperry recebeu um prêmio Nobel por seu trabalho. Mas em uma ironia cruel do destino, ele então já sofria com uma doença degenerativa do cérebro, chamada kuru, provavelmente contraída em seus primeiros anos de pesquisas com cérebros.

Medicação

A maioria das pessoas que tiveram seus corpos calosos cortados parecem normais posteriormente. Você poderia cruzar com eles na rua e não saberia que algo havia acontecido.

Karen Byrne teve azar. Após a operação, o lado direito de seu cérebro se recusava a ser dominado pelo lado esquerdo.

Ela sofreu com a Síndrome da Mão Alheia por 18 anos, mas felizmente para ela seus médicos encontraram uma medicação que parece ter trazido o lado direito de seu cérebro de volta ao controle.

fonte

3 comentários:

  1. Há um filme chamado A Mão Assassina de 1999, se não me engano tinha trilha sonora do Off Spring.

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  2. Este filme uma noite alucinante é muito sem graça ... O que salva é o sentimento de nostalgia. É como dizer que Nacional kid é um obra prima. Seria uma obra para os olinhos desacostumados da época.

    Um filme que morrerá com a memória dos viventes de sua época.

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